sábado, maio 12, 2012

Dia do Enfermeiro e uma história em construção

Dia do Enfermeiro e uma história em construção

Hoje, dia 12 de Maio é o dia em que se comemora o Dia da Enfermagem. Sempre tive uma visão sobre esta profissão que me faz acreditar que os que a exercitam seguem uma missão natural, um ministério inerente a personalidade destes indivíduos.
Incrível que isto não mudou nem mesmo com a banalização desta profissão em São Paulo, onde facilidades do Governo e Irresponsabilidade de diversas Unidades de Ensino transformaram o acesso a esta profissão algo bastante comum. É comum em São Paulo vermos Técnicos de Enfermagem que saíram a pouco das mais diversas profissões e aderiram a Saúde para conseguir apenas bons salários e que não tem a menor noção da responsabilidade que é cuidar da vida das pessoas e não de forma figurada.
Na verdade, como já disse, isto não mudou minha percepção do que de fato é este Profissional da Saúde, pelo contrário, me fez ver o quão importante é o papel dos verdadeiros profissionais. Já contei Aqui sobre minha experiência no Hospital Municipal Dr Carminio Carichio, onde por um acidente ocasionado com meu aparelho de soro, acabei perdendo sangue e a importância da atitude da enfermeira que me salvou a vida – talvez seja exagero meu, mas perdi uma quantidade razoável de sangue nesta experiência.
Hoje quero falar de uma enfermeira em particular. A maioria dos que costumam ler aqui já sabem que me refiro a minha amiga Jane. Bem, certo é que dentre os muitos profissionais desta área que conheço, esta é alguém que tem o dom natural desta profissão.
Conhecemo-nos desde 2009, uma relação de amizade que começou num grupo de amigos poetas – no extinto site Poetas Mortos – e que se tornou real.

Durante um ano nos relacionamos pela Internet e, quando ela foi a São Paulo, participar de um Seminário de Saúde, aceitou meu convite de ir até minha casa. Foi lá que estreitamos nossos laços, se é que era possível, mas nos tornamos pessoas mais reais uma para outra. E desta visita originou-se outra e hoje, fiz o caminho inverso. Hoje não, dia 6 de Dezembro de 2011.
Vim passar uns dias. E estes dias se estenderam exatamente por ela ser uma Enfermeira esplêndida.
Ela interessou-se por meu caso.
Resolveu cuidar para que eu pudesse andar de volta. Me libertar das primas – como eram chamadas minhas muletas, apelido dado pelo meu pastor.
Bem, nos primeiros dias aqui ela corria de lá para cá em um tratamento proposto pela Dra. Leotávia, para que acabasse a infecção de minha perna. Era soro, agulha e garrote, parecia que não podia me ver, mas as dores que eu sentia já por um período de 4 anos, desde o acidente e que foi diagnosticada pela equipe do Dr Daphins – São Paulo – como psicológica sumiu depois deste tratamento.
Logo depois ela me levou ao Dr Júlio Cuadros, que indicou um novo tratamento e desde então a Jane tem sido minha enfermeira particular, além de hospedeira, corre comigo para cima e para baixo, providencia remédios, exames e consultas e suporta todas as minhas oscilações de humor.
No dia 6 de dezembro, fui entregue a ela pelo segurança do Eduardo Gomes – aeroporto de Manaus – em uma cadeira de rodas e nesta cadeira fui levada ao seu carro. Graças aos seus cuidados diários, hoje, dia 12 de maio de 2012, passei a manhã preparando um Tabule para comermos. E foi algo que fiz andando normalmente, sem a ajuda das benditas muletas.
Seu trabalho maior não foi este. Embora este seja gigante.
Seu grande trabalho se deu na observação interessada de meu modo de alimentação. Ela cismou que havia algo errado com meu metabolismo, já que eu fazia dieta e não emagrecia
Assim, ela elaborou uma lista de exames e depois que os fiz todos, ela chegou ao diagnóstico final: Eu não podia fazer dieta.
O que ela não sabia talvez, é o quanto foi – e é ainda difícil para mim – conseguir acompanhar o programa alimentar que ela desenvolveu para mim, pois poucas pessoas sabem realmente que eu já perdera a muito, tempo o prazer de me alimentar.
Hoje, 5 meses depois, a Elisabeth que escreve aqui é uma pessoa diferente daquela que embarcou em São Paulo, esta que vos escreve é uma pessoa indo em encontro da verdadeira Elisabeth perdida dentro de um consultório médico que a incentivou a fazer uma dieta drástica por causa de dois quilos a mais que ele achava estarem fora de lugar.
Devo este meu aprendizado sobre mim mesma a uma grande profissional: Jane Eyre Uchoa Queiros.
Feliz Dia do Enfermeiro amiga!
Parabéns...

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