sexta-feira, outubro 31, 2008

A morte ...O Mar ( Fernando Pessoa )

Por muito tempo visitei o blog http://www.agrestino.blogger.com.br/, era uma alegria só.
Vivia alegre com as brincadeiras e as fotos que via por lá.
Isto por muito tempo.
Em 2006, minha irmã Creuza, foi diagnosticada pela medicina" Cancer".
Meu mundo caiu.
Não somos irmãs de fato.
Quase todos sabem que sou uma espácie não rara de pessoa: Sem família. A Creuza e sua irmãs ( Ivette e Nilzete ), entraram em minha vida no fim de minha adolescência e fizeram de minha vida um carrocel de emoções.
Diferente de mim, Creuza amava Axe, e todos estes gêneros que para mim são pocotizantes e ela sempre soube disto. Mas era uma pessoa inteligente, cheia de vida e nos fazia ser feliz.
Amava churrasco e vinho e, até o último minuto Coca Cola foi sua bebida predileta. Os médicos proibiram que chegasse perto se quer, mas isto não era nada para ela. Conseguia convencer a todos que isto lhe fazia bem.
Por causa das Quimioterapia acabou perdendo todos os seus fios de cabelos, que eram tão pretos... Não perdia, assim mesmo, a vaidade, passava horas imaginando um modo de se por bonita.
Sofreu demais e nós també.
E todo este sofrimento coincidiu com o acidente que acabou por me deixar deficiente. E agora sei que é definitivo. como a amioria sabe, apssei quase dois anos em cima da cama e as muletas foram minha única salvação.
Não estava com a Creuza nop final.Não andava ainda. Ela partiu dia 15 de julho agora.Ainda sinto muito sua falta e não consigo esquece-la.
E hoje, triste que estou, dei uma passadinha lá no blog do Manoel http://www.agrestino.blogger.com.br/ e infelismente fiquei sabendo que a Silvia também partiu.
Estou sem palavras e triste também. A morte,inexorável, atravessa todos os caminhos.
Assim, para poder esquecer tudo isto, se é que dá, pensei em alguém que tanto Manoe quanto eu gostamos: Fernando Pessoa.
Assim, publico aqui:

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Sem mais palavras...
Elisabeth

Lembranças de um trabalho maravilhoso ...Nosso Pré Vestibular...





Lembranças dos tempos de ACOFRAPI FHILADELFHIA...
Pessoas Importantes...Fala Geovanne...


Aí vai uma foto do Professor Geovanne - de Biologia - no Núcleo ACOFRAPI Fhiladelfhia, em 2004... Professor maravilhoso, apaixonado pelo trabalho, como prova a foto. No momento de intervalo, entre uma aula e outra, ele confere as atividades de uma de nossas alunas. Esta aí um professor que tem sempre porta aberta aqui na ACOFRAPI. Muito obrigada a este parceiro e voluntário, que apesar de seu trabalho, nunca nos abandona.Com quem podemos contar sempre...Pessoas São importantes...Tão importantes...A parceria com a ACOFRAPI e CIJ Guaianases aconteceu durante a Administração de seu Antonio Balbino dos Santos, que nos acolheu com carinho paternal.Ainda nesta lista estão outras pessoas importantes que fizeram e fazem parte de nossas vidas durante este tempo nas instalações do CIJ Guaianses e EEI Filadelfhia. Pessoas que como Giovanne abandonavam horas de seus dias e trabalho para prestarem serviço voluntário, sem exigir mais que nosso sorriso ainda que cansado, pelas muitas correrias para alcançar nossos objetivos. São pessoas que merecem muito mais que um Obrigada, mas é o que podemos dizer, mesmo sabendo que ficaremos sempre devederes deste grandes corações de pessoas que são importantes sempre.São deste tempo ainda os professores Rafael e Cipriano - de Matemática- Vivian e Altair - de História - Ivan, Jorge e Luiz Antonio - De Espanhol - Valter e Mônica - Literatura e Gramática - Petrúcio - Geografia - Diana - Biologia - Sadi e Elisete - Inglês. Vai aqui nosso muito obrigado, não só ao amigo e Professor Geovanne, mas atodos que sempre estão transformando nossos sonhos em realidade.Pois acreditamos como o paranoico e certíssimo Raul Seixas:"Sonho que se sonha só é apenas sonho que se sonha. Mas sonho que se sonha junto é realidade"
Elis

Arquivos da Revista Super Interessante...Super idéia...

Excelente. Divulgue!

Os editores da Revista Super interessante, em um gesto incomum, liberaram para leitura e consulta, todo o conteúdo das edições antigas da revista, no período de 1988 a 2007.
Se você tem filhos, netos, sobrinhos, etc. não deixe de indicar a eles a leitura deste post! Com certeza uma rica fonte de material de pesquisa para trabalhos escolares e conhecimento geral. É só clicar no Ano, escolher a Capa da Revista, e acessar todo o seu conteúdo.
Boa Viagem, Boa Leitura, Bom Proveito!!!


http://super.abril.com.br/super2/superarquivo

terça-feira, outubro 28, 2008

Sempre Presente...Um Poema Presente de um amigo...Espero que gostem.




SEMPRE PRESENTE


Fechando os meus olhos, verei os teus,
sempre brilhantes de encontro aos meus,
recitando para mim um lindo poema de amor...
Dormindo, sonharei com os teus lábios,
sempre de encontro aos meus,
dizendo para mim tudo aquilo que é de belo
e isso eu vou fingir que tudo é real,
e que não pode acabar...
Suspirando mais profundamente,
sentirei o teu cheiro invadindo o meu peito,
sua pele macia envolvendo o meu corpo,
e tuas mãos a me acariciar...
Andando pelas ruas,
vejo o teu rosto a cada pessoa que por mim passa,
e em tudo que existe vejo o teu ser,
pois tua presença está em tudo o que há,
e assim tem que ser, e tudo isso me da um sentido...
Os teus gestos mais simples,
espalhados por meus pensamentos mais íntimos,
me fazem entender o que sou,
e me dão a certeza que tenho que viver sempre um pouco mais...
Não posso te esquecer,
ném posso tentá-lo fazer,
pois se isso acontecer,
meu coração pode querer parar de bater,
pois você estará sempre presente.




NILSON MONTEIRO ASSIS

Você acredita em Papai Noel?


Você pode até não acreditar,mas pode se tornar um...





Existem pessoas que acreditam em Papai Noel. E é sua crença que as mantêm vivas.Passam por dificuldades que você não pode imaginar.Situações adversas são suas realidades. Não conhecem outra coisa, que não seja o sofrimento e a dor. Muitas vezes, vítimas psicológicas, sofrem continuamente sem saber o que fazer para verem-se livres da dor e da perseguição.Estão aí as investigações sobre Pedofilia e Violência contra a Mulher para contar esta triste história. Por isso mesmo, ao ler um convite na Net, num dos “sítios” do 3º Setor, resolvi postá-lo aqui.
Você pode fazer muito mais do que ser apenas expectador da vida.Doe um minuto de seu tempo a uma criança. A um trabalho Social. Muitas entidades estão precisando de voluntários.
Você pode reservar uma hora para contar uma História, pentear cabelos de alguma criança carente, visitar uma favela com agentes de triagens de entidades e até, ensinar uma atividade lucrativa para algum adolescente. Há muitas coisas a serem feitas.
Você pode ser um agente transformador de vida. Pode contar sua própria História de sucesso e levantar o ego de outras pessoas.Mas se a desculpa do tempo lhe cai como uma luva, aí vai a sugestão que encontrei na net e que me chegou apouco na caixa de correio eletrônico:

NATAL 2008 - ESPALHE ESSA IDÉIA.


Para o Natal 2008 ( espalhe essa idéia)

Que tal fazer algo diferente, este ano, no Natal?
Sim ... Natal ...daqui a pouco ele chega .
Que tal ir a uma agência dos Correios e pegar uma das17 milhões de cartinhas de crianças pobres e ser o Papai ou Mamãe Noel delas?
Há a informação de que tem pedidos inacreditáveis.
Tem criança pedindoum panetone, uma blusa de frio para a avó,
pedindo um caderno para estudar....
É uma idéia.
É só pegar a carta e entregar o presente numa agência do correio até dia 20 de Dezembro.O próprio correio se encarrega de fazer a entrega.


DIVULGUE P/ SEUS AMIGOS DA LISTA


Na vida, a gente passa por 3 fases:

- a primeira, quando acreditamos no Papai Noel;
- a segunda, quando deixamos de acreditar e
- a terceira, quando nos tornamos Papai Noel!!!



ESPALHE ESSA IDÉIA, PARA UM NATAL MAIS FELIZ!!!

Luciana Perin
http://www.abegui.org/

quinta-feira, outubro 16, 2008

Carta a Luisa e Endereço para quem quizer assinar manifesto contra as imbecialidades que os jornalistas e afins publicam,depois alegam: "é ficcional".

Antes de mais nada, falo eu...
É revoltante, meio a este século, pessoas fazerem insinuações sobre violência contra a mulher e querer passar para o público a impressão de que tudo é permitido quando se é jovem demais.
Não posso crer que haja esta idéia andando pelos corredores e salas de edições de jornais e revistas, representantes da Violência e da Vergonha, transviados de bons moços.
Não sabem o que é ser agredido por alguém mais poderoso, seja este poder qual for.Físico, psicologico ou financeiro, o poder que o agressor exerce sobre sua vítima é apenas a grande preliminar da agressão. Nada mais importa quando somos agredidos.
Principalmente quando estamos falando de estupro e a vítima não tem como defender- se. Conheço o sentimento imposto pela Sociedade às vítimas deste crime. Fui vítima deste e sei que nossas próprias famílias acreditam que somos os culpados.Mesmo você tendo só oito anos, como é no meu caso, e a femília se nega a condenar um reles desconhecido.
Nada importa. A vítima é quase sempre a ré.
Nesta épocas que muito se discute sobre Pedofilia, ouvi absurdos , como o pai que afirmou que foi seduzidio e forçado por sua filha de 10 anos.
E vi algumas pessoas acreditarem piamente na afirmação.
Agora vem ao meu conhecimento este texto absurdo e quiz posta-lo aqui.
Leia



Carta aberta para Luisa


Nosso colunista pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos



POR HENRIQUE GOLDMAN* ILUSTRAÇÃO IRENA ZABLOTSKA


Oi Luisa, Será que você lembra de mim?
Sou filho da dona Fany, do Bom Retiro.
Provavelmente você lembra, mas talvez por desgosto tenha removido aquela absurda tarde da memória. Só me permito lembrar – lavando estes panos sujos assim tão publicamente – porque o mundo é cheio de Luisas. Porque já se passaram 32 anos e porque, lamentavelmente, o que aconteceu entre nós não é tão incomum.
Quantos anos você tinha? Vinte, trinta? De onde você era? Quem você era? Só sei que você era empregada de casa, que teus seios eram fartos e que eu tinha 14 anos. Você era tímida e já trabalhava em casa há algumas semanas quando a Sheilinha, uma colega de classe, me disse que você já tinha trabalhado na casa da família dela e que você “dava para um motorista de táxi”.A idéia de que você “dava” não saiu da minha cabeça, e você começou a estrelar obsessivamente todas as minhas punhetas. De tarde eu ficava rondando pela área de serviço enquanto você lavava a roupa. Era um tesão incontrolável, aflito, desesperado e covarde.
Eu nunca gostei daquele bosta do Adalberto e não me perdôo por tê-lo envolvido nessa história. Até hoje, nas poucas reuniões da turma do colégio Renascença, eu o evito. Mas ele era maior e mais corajoso, e eu recorri a ele. Sinto muito remorso, Luisa, pelo que fizemos.
Meus pais e irmãs tinham saído e você estava varrendo a sala quando eu e o Adalberto demos o bote. Não lembro qual foi o nosso papo, mas imagino que tenha sido a coisa mais ridícula do mundo. Pedimos, insistimos sem parar para que você “desse” para nós.


CASA-GRANDE E SENZALA


Lembro de poucos detalhes. Você não queria, mas por força da nossa insistência acabou cedendo. Sinto ódio do Brasil quando penso que você provavelmente tivesse medo de perder o emprego.O Adalberto, é claro, foi o primeiro. Subi numa escada e fiquei olhando através da janelinha do cubículo que era o teu quarto. Depois fui eu. Não foi bom, Luisa. Na hora do vamos ver fiquei envergonhado e não rolou legal. Até hoje me envergonho. Muito.Espero que você esteja bem. Espero que para você a memória daquela tarde não seja tão ruim e que você hoje possa rir do que aconteceu.



Desculpas, Luisa.





Henrique.
( Onde esta publicado a barbarie:http://revistatrip.uol.com.br/coluna/conteudo.php?&a=todos&i=25613#comments


HENRIQUE GOLDMAN, 46, cineasta paulistano radicado em Londres. Seu e-mail é: hgoldman@trip.com.br




Agora, depois de ler, diga - me se não é revoltante?

POR UMA MÍDIA RESPONSÁVEL E NÃO-DISCRIMINATÓRIA CARTA ABERTA AO COLUNISTA HENRIQUE GOLDMAN E À REVISTA TRIP



As organizações e redes dos movimentos feministas, de mulheres, de comunicação e de direitos humanos subscritas manifestam seu total REPÚDIO e INDIGNAÇÃO diante do desrespeito e das violações de direitos praticadas pelo colunista Henrique Goldman e pela Revista TRIP com a publicação do texto "Carta aberta para Luisa" (Edição impressa #170, de 29.09.2008, também disponível no endereço eletrônico http://revistatrip.uol.com.br/coluna/conteudo.php?i=25613), em que o referido colunista “pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos”. Para quem imaginava um “pedido de desculpas públicas”, o teor da coluna viola os princípios da normativa nacional e internacional de direitos humanos, especialmente o respeito à dignidade da pessoa humana, bem como qualquer parâmetro ético na comunicação. Reproduz na mídia padrões de conduta baseados na premissa da superioridade masculina e nos papéis estereotipados para o homem e a mulher, que legitimam e exacerbam a discriminação e violência contra todas mulheres, principalmentes contra as pobres e negras, como são em sua grande maioria as empregadas das famílias brasileiras. Sem qualquer avaliação ou responsabilidade no antecedente e no conseqüente, em relação ao que se publica e como se publica – ainda mais em se tratando de violência sexual contra as empregadas domésticas, o que envolve a discriminação e violência de gênero, classe e étnico-racial –, a Revista TRIP e o colunista, somente em 10.10.2008, e após um turbilhão de manifestações indignadas, justificam na internet tratar-se “de um texto de ficção”, pedem desculpas “por não ter apontado o caráter ficcional do texto” e dizem considerar “inaceitável qualquer forma de assédio ou violência sexual”. Inobstante tal “justificativa”, revistas como a TRIP e quaisquer outros meios de comunicação não podem seguir se furtando às suas responsabilidades sociais com o teor do que veiculam, pois são conhecedoras do poder que têm, da polêmica que geram e, com isso, do quanto mais vendem e ganham às custas da humilhação da dignidade alheia, diga-se, em especial, das mulheres. Isso beiraria à leviandade e má-fé. A “Carta aberta para Luisa”, fictícia ou não, evidencia: 1. a banalização da violência contra as mulheres; 2. a utilização da violência contra as mulheres como produto, para auferir lucro; 3. a compreensão da violência sexual contra as mulheres como uma ação de menor dano, a ponto de ser tratada com deboche pelo autor. A coluna de Goldman não apenas evidencia a banalidade da violência contra a mulher mas o quanto o seu autor não parece reconhecer que a (es)história contada configura o "concurso de pessoas", na prática do crime de estupro, previsto no art.213 do Código Penal, cuja pena varia de seis a dez anos de reclusão, e a trata de forma rasteira e leviana. "Transar contra a vontade dela" nada mais é do que um eufemismo para o conhecido verbo "estuprar". Acrescente-se ao caso mais uma circunstância agravante, prevista no artigo 61, "f" do nosso Código Penal: "com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade". Ademais, esperar que “Luisa” possa "rir do que aconteceu" mostra o quanto essas práticas violentas ainda são tratadas como piadas no Brasil – apesar da conquista da Lei Maria da Penha. O mais provável é que nenhuma “Luisa”, e nenhuma outra mulher que sofre uma violência dessa natureza, jamais conseguirá rir do que aconteceu e esse trauma a acompanhará por toda a vida. Certamente, ela se lembra muito bem do autor da violência. O autor, além de caracterizar um “patético pedido de desculpas” em uma “nova violação de direitos”, sequer foi capaz de ir além, deixando alguns questionamentos sobre o final dessa história. “Luisa” continuou trabalhando na casa? Seria obrigada a ver o seu patrão/agressor todos os dias? Ela foi demitida por alguma razão não dita? Ela engravidou do Henrique ou de seu amigo Adalberto? Será que teve que fazer um aborto? Pior do que a hipocrisia do texto é saber que a Revista TRIP compartilha das mesmas opiniões, não só ao publicá-lo mas ao apresentar o colunista como aquele que se tornou "mais jeitosinho com as mulheres ao longo dos anos". Repugnante, lamentável e igualmente violento. E ao justificar-se como texto ficcional, retiram essa qualificação. Os danos, no entanto, já foram causados. Agora cabe repará-los. Por isso, as organizações, entidades e movimentos sociais abaixo-assinados solicitam a publicação desta Carta Aberta na próxima edição de TRIP, entendendo que cabe a essa revista e ao colunista Henrique Goldman uma RETRATAÇÃO PÚBLICA formal, não somente às "Luísas" que representam as mulheres que sofrem ou sofreram alguma forma de violência sexual mas a toda a sociedade brasileira que não compactua com esse tipo de mídia veiculada e não tolera esses atos criminosos, de discriminação e violência de gênero, classe e étnico-racial, produzidos e reproduzidos cotidianamente. Que a violência e a violação de direitos humanos sejam reconhecidas e assumidas. Não se trata de uma "bad trip" ou de um texto infeliz mal interpretado; trata-se de misoginia, machismo, sexismo, racismo, classismo, discriminação, falta de compreensão das violências estruturais e seus mecanismos de reprodução, ofensa à dignidade humana, e não só de uma pessoa. Isso afeta e molda a cultura de toda uma sociedade. Sociedade esta que queremos transformar, para que seja mais igualitária, justa e democrática.
Sincerely,
The Undersigned




Para assinar basta clicar no link abaixo:


quarta-feira, outubro 15, 2008

Dicas para os amigos...

Faça alguma coisa, mas faça algo pelo seu semelhante...



O Instituto Voluntários em Ação - IVA, através do Portal http://ivacrm.comunicacaodigital.net/index.php?entryPoint=campaign_trackerv2&track=8ab8a353-ec46-c4d5-6072-48f3b10560b8&identifier=b919a14e-23c4-e7e4-fc6d-48f3da8244b9, que conta com o apoio institucional do PNUD e UNVoluntários, está apoiando o movimento mundial "Levante-se e faça a sua parte".
O "Levanta-se" é uma mobilização global pelo fim da pobreza e da desigualdade, e pela realização dos Objetivos do Milênio (ODMs). No ano passado, 43,7 milhões de pessoas se uniram no ato do "Levante-se" em todo o globo, estabelecendo assim um novo recorde mundial.
Neste ano de 2008, estamos pedindo a cada pessoa: Levante-se e Faça a sua parte de 17 a 19 de outubro, para garantir que os governos em todo o mundo ouçam nossas demandas pelo fim da pobreza.
Ajude-nos a fazer do "Levante-se" deste ano a maior mobilização de todos os tempos pelo fim da pobreza. Conheça mais acerca do "Levante-se", veja as sugestões de ações, organize seu evento e registre-se!
No portal http://ivacrm.comunicacaodigital.net/index.php?entryPoint=campaign_trackerv2&track=8ab8a353-ec46-c4d5-6072-48f3b10560b8&identifier=b919a14e-23c4-e7e4-fc6d-48f3da8244b9 você poderá encontrar vagas de voluntariado para apoio ao movimento, tais como: Divulgador do movimento, Organizador do evento, Organizador de limpeza de locais públicos, Organizador de plantio de árvores e Organizador de reciclagem de lixo.
Desde já agradecemos sua colaboração para o combate à pobreza e à desigualdade no mundo, e lembramos que se voluntariando nesta ação você estará contribuindo para o alcance dos 8 Objetivos do Milenio até 2015
Dúvidas e sugestões, favor enviar email para http://ivacrm.comunicacaodigital.net/index.php?entryPoint=campaign_trackerv2&track=8ab8a353-ec46-c4d5-6072-48f3b10560b8&identifier=b919a14e-23c4-e7e4-fc6d-48f3da8244b9
Equipe Portal http://ivacrm.comunicacaodigital.net/index.php?entryPoint=campaign_trackerv2&track=8ab8a353-ec46-c4d5-6072-48f3b10560b8&identifier=b919a14e-23c4-e7e4-fc6d-48f3da8244b9

segunda-feira, outubro 13, 2008

Boa Semana Amigos...

Ao meu Amigo Lobo Mau

( Não conte a ninguém,mas ele não é tão mau assim.)

E para a amiga Suzi.



Tenham uma semana magnífica!



Boa Semana.
Sejam iluminados pelo amor e pela graça de Deus e a beleza da Natureza.
Se parecer que a vida está difícil, feche os olhos e lembre de uma cachoeira alta, em meio as árvores e rochas, pense que esta vista esta dentro de ti.


Respirem o ar a sua volta e seja invadido pela brisa que se aproxima com a queda d'água.
A Natureza os ajudará a perceber que são queridos e que todas as dificuldades são passageiras.
E o Deus, que criou a Natureza fluirá em vocês como as águas que Ele criou e transformará suas tristezas em alegrias.
Tenham uma semana Feliz!

Da sua amiga, tímida sim, porém maravilhosamente inspirada, apesar da dor de cabeça.
Elisabeth Lorena

terça-feira, outubro 07, 2008

Salvem meus irmãos, façam algo por nossos semelhantes...

A postagem abaixo é na verdade um comentário que adiconei ao orkut de uma amiga.
Lá, as fotos do sofrimento humano estão maiores e são mais chocantes...
Não preciso de fotos como estas para pensar sobre a condição humana.
A situação é negra, estamos todos envolvidos,mas nada estamos fazendo para mudar o quadro que se desenha frente a nossos olhos.
O que fazer para mudar a situação.
Os governos do mundo todo estão enganando a população, com programas assistenciais que menosprezam a inteligência e tornam seus cidadãos em seres desprezíveis e indgnos.
A população esta perdendo espaço e vivendo cada dia mais na miséria, sem nada novo para dar esperança.
Desde muito nova tenho visto cenas como estas, desde as consequências da guerra no Vietnãn, situação da Africa e os problemas no Haiti,Iraque e lá vai.
São guerras e mais guerras,conflitos e mais conflitos e nada é feito de fato para salvar os mais carentes e desprotegidos.
Esta na hora de gritarmos: Abaixo a Violência contra os homens.
De aderirmos a uma campanha: Salve meus irmãos.
Fico indignada com tudo isto e nada posso fazer, só. Mas ainda que eu seja a única voz a ser ouvida, grito:Salve os meus irmãos, façam algo por nossos semelhantes!



O que o homem faz com seu semelhante é um absurdo.As pessoas se prendem ao assistencialismo injusto e nada acrecentam.
Na verdade, em alguns casos, o alimento que é doado em alguns programas sociais, são desviados deforma absurda,indo parar no comércio.
Enquanto isto, pessoas são assassinadas por seus irmãos. Tem uma canção, intitulada "O Ultimo Julgamento", que fala sobre isto...

"você é um monstro covarde e profano, é um grão de areia em meio ao oceano, seu ouro falou alto, você tudo comprou, rasgou os mandamentos que a Lei Santa ensinou, a mim você não com pra com o dinheiro seu, Eu sou Jesus Cristo o Filho de Deus."
É uma música secular, sertaneja, mas é extremamente verdadeira.
Para os evangélicos, que esperam este dia acaba sendo o fim, porém isto é uma inverdade, podemos nos esforçar e juntos, fazer algo sobre isto.
Erguermos esta bandeira e a voz nesta luta.

Infelizmente,
Elisabeth Alves








O juízo Final


Letra de Leo Canhoto


Senta aqui neste banco pertinho de mim vamos conversar
Será que você tem coragem de olhar os meus olhos e me encarar
Agora chegou sua hora, chegou sua vez, você vai pagar
Eu sou a própria verdade, chegou o momento eu vou te julgar
Pedi pra você não matar, nem para roubar roubou e matou
Pedi pra você agasalhar a quem tinha frio, você não agasalhou
Pedi pra você não dar falso testemunho, você levantou
A vida de muitos coitados você destrui, você arrasou
Meu pai lhe deu inteligência para salvar vidas, você não salvou
Em vez de curar os enfermos, armas nucleares você fabricou
Usando sua capacidade você se destruiu e se condenou
A sua ganância foi tanta que a você mesmo exterminou.
O avião que você inventou foi para levar paz e a esperança.
Não para matar seu irmão nem jogar bombas nas minhas crianças.
Foi você quem causou esta guerra, destruiu a terra dos seus ancestrais
Você é chamado de homem mas é pior que os animais
Agora que está acabado pra sempre, quero ver se você é culpado ou inocente
Você é um homem covarde profano, é um grão de areia em frente ao oceano.
Seu povo falou alto, você tudo comprou,
pisou nos mandamentos que a lei santa ensinou.
A mim você não compra com o dinheiro
eu sou Jesus Cristo o Filho de Deus.






Declaração de Amor.

Declaração de Amor.

Tentei dizer quanto te amava, aquela vez, baixinho,
mas havia um grande berreiro,
um enorme burburinho e, pensado bem,
o berçário não era o melhor lugar.
Você de fraldas, uma graça, e eu pelado lado a lado,
cada um recém-chegado você sem saber ouvir, eu sem saber falar.

Tentei de novo, lembro bem, na escola.
Um PS no bilhete pedindo cola interceptado pela professora,
como um gavião.
Fui parar na sala da diretora e depois na rua enquanto você, compreensivelmente, ficou na sua.
A vida é curta, longa é a paixão.
Numa festinha, ah, nossas festinhas, disse tudo:
"Eu te adoro, te venero, na tua frente fico mudo"
E você não disse nada. E você não disse nada.
Só mais tarde, de ressaca, atinei.
Cheio de amor e Cuba, me enganei e disse tudo para uma almofada.
Gravei, em vinte árvores, quarenta corações.

O teu nome, o meu, flechas e palpitações:
No mal-me-quer, bem-me-quer, dizimei jardins.
Resultado: sou persona pouco grata corrido a gritos de "Mata! Mata!" por conservacionistas, ecólogos e afins.
Recorri, em desespero, ao gesto obsoleto:
"Se não me segurarem faço um soneto"
E não é que fiz, e até com boas rimas?
Você não leu, e nem sequer ficou sabendo.
Continuo inédito e por teu amor sofrendo.
Mas fui premiado num concurso em Minas.
Comecei a escrever com pincel e piche num muro branco,
o asseio que se lixe, todo o meu amor para a tua ciência.
Fui preso, aos socos, e fichado.
Dias e mais dias interrogado: era PC ou PC do B.

Com uma serenata, sim, uma serenata como nos tempos da Cabocla Ingrata me declararia, respeitando a métrica.
Ardor, tenor, a calçada enluarada...
havia tudo sob a tua sacada menos tomada pra guitarra elétrica.
Decidi, então, botar a maior banca no céu escrever com fumaça branca:
"Te amo, assinado.." e meu nome bem legível.
Já tinha avião, coragem, brevê tudo para impressionar você mas veio a crise, faltou o combustível.
Ontem você me emprestou seu ouvido e na discoteca, em meio do alarido, despejei meu coração.
Falei da devoção ha anos entalada e você disse Disse "eu não escuto nada".
Curta é a vida, longa é a paixão.
Na velhice, num asilo, lado a lado em meio a um silêncio abençoado,
direi o que sinto, meu bem.
O meu único medo é que então empinando a orelha com a mão,
você me responda só: "Heim?"


Carinho e amor, roubado do blog de uma amigo.
Amei e quiz compartilhar...
Espero que gostem,assim como eu...

Elisabeth Lorena Alves

sexta-feira, outubro 03, 2008

Ajude - me...Você me aceitaria em seu clã?

Amigos


Estou querendo entrar para um clã de amigos no Netlog e para isto escrevi o seguinte texto, verdadeiro, como os amigos sabem:



Quem ama deveria participar deste clã.Acredito que a idéia em si só já é válida.No entanto como acredito que devo convence-los que devo participar, resolvi falar a verdade. Amo as pessoas em geral.Amo a todos. E,como sou heterosexual, amo sempre algum homem, não importa se esta perto ou longe, estou sempre apaixonada.Amar simplesmente faz parte de minha essência.Vivo apaixonada, embora seja livre e não esteja compromissada com ninguém no momento.Lembro de uma música, que minha irmã acha brega, ela diz assi: Se amar é viver, vivo por que amo você.E comigo é asim, não queres correr o risco de ser amado, mantenha distância de mim.Espero ter sido clara.

Simplesmente apaixonada

Elisabeth Lorena Alves.(eliselorena.blogspot.com)


Agora pergunto-lhes amigos,colaboradores e visitantes deste pretencioso blog, se fose você me aceitaria?

Comentem dizendo os teus motivos.

Estou ansiosa.

Dizem que todo apaixonado é um pouco ansioso...

Vocês concordam.


Elisabeth Lorena Alves

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sobre a morte dos bebês no pará...Antes tarde que nunca.

Antes tarde do que nunca.

Resolvi copiar na íntegra o relato revoltante sobre o descaso na saúde pública. Estou revoltada e sei que não sou a única. Graças a Deus. As pessoas estão sempre chateadas com alguma coisa, mas a vida de crianças estão a merce de idiotas que se dizem representante do povo.É incrível como eles dispõe da vida de indefesos. Crianças que seriam o futuro,mas tornam-se símbolo do pior dos seres humanos.
Eis o texto:

11/07/2008

A morte nossa de todos os dias

A morte de 262 bebês somente este ano na Santa Casa de Misericórdia do Pará é um dos reflexos mais cruéis da falência do Estado. Entre os muitos textos escritos sobre o caso, publico aqui o que mais me tocou. É o relato da premiada fotógrafa Paula Sampaio, escrito após uma manhã de cobertura do enterro dos bebês em Belém.
...
Naquela terça-feira, 24 de junho, no cemitério do Tapanã, periferia de Belém, algumas famílias esperavam desde cedo por seus mortos. Recém-nascidos, que haviam falecido na Santa Casa de Misericórdia do Estado, no final de semana. Nove, treze? Afinal, quantos foram ao todo? A notícia "vazou" para a imprensa na noite da segunda-feira. O Jornal da Globo deu manchete... Aí, pronto, estava feito o escândalo. Indagada sobre aquele alto índice de mortalidade na única UTI neonatal pública do Estado, a Secretária de Saúde, Laura Rosseti, disse em entrevista à TV: "Essa taxa de mortalidade é normal, está dentro das estatísticas aceitáveis."
Enquanto isso, no cemitério, naquela manhã, o movimento era intenso: cinco enterros em menos de uma hora. Cerimônias rápidas e com pouco choro. Aos poucos a imprensa foi chegando, curiosos vinham perguntar o que estava acontecendo. Todos esperavam pela chegada dos corpos dos bebês. Mas o carro com as crianças não chegava. Quase 11 horas da manhã, e as famílias começavam a se impacientar. Um dos porteiros do cemitério comentou ser costume a Santa Casa oferecer o transporte, a cova no "cemitério dos pobres", como é conhecido o do Tapanã, além da "embalagem" para os mortos das famílias carentes.
Num dos bancos de cimento do lugar, um jovem chorava copiosamente e enxugava as lágrimas numa fralda, cercado pela família. Perdeu seu primeiro filho. Sua companheira deu à luz na Santa Casa: o parto foi feito por uma tia que a acompanhava, porque nenhum médico apareceu para prestar-lhe o socorro na hora. A criança não resistiu. O pequeno Nicolau, ia ser esse o nome dele, morreu.
Do outro lado do grande salão aberto onde os caixões são recepcionados, mais uma família. O pai de outro dos bebês mortos pergunta para a repórter: "Será que ainda vai demorar? Sabe, eu tô aqui desde cedo. Tenho plantão no serviço, preciso trabalhar, não posso ficar aqui o dia todo."
Sabe-se, pouco depois, que o carro disponibilizado pela instituição para levar os corpos havia quebrado no caminho. Mais espera, mais dor, desrespeito, exaustão. Quase ao meio-dia, sol escaldante, chega a Kombi branca e enferrujada, com os bebês amontoados em caixas de madeira. Silêncio. O carro estaciona na entrada do salão dos mortos. Dois funcionários descem e abrem as portas. As pequenas caixas e três "caixõezinhos de anjo" são retirados rapidamente e dispostos, lado a lado, em um canto do salão. Na tampa de cada um deles a identificação: um número e o nome da mãe. E as crianças não têm nome? Não, só Nicolau, o filho daquele jovem que chorava muito, desde o início.
As famílias se aproximam lentamente. Um funcionário grita: "Essa caixa, não! Tira isso daí, é só uma perna!" Perna? Sim, um pedaço de perna encaixotado para descarte. Na tampa da caixa está escrito: "PERNA", assim, em letras graúdas. Será que o hospital aproveita a ida ao cemitério para se livrar de pedaços humanos que não podem ser levados para o lixo hospitalar?
Um dos parentes dos bebês retira da sacola um martelo e começa a abrir uma das caixas, com a perícia de quem já fez isso muitas vezes. Surge um embrulho. Sim, um pacote branco, que vai sendo aberto lentamente pelo homem do martelo. Um rostinho aparece, como uma flor, emoldurado pelo papel branco com o qual fora embalado. O homem olha, respira fundo... Logo outras pessoas lhe pedem o martelo emprestado e, aos poucos, as caixinhas começam a ser abertas, uma a uma. Um jardim de pequeninos rostos inertes povoa o grande salão dos mortos. Todos, como em uma orquestra, começam a enfeitar seus filhos com flores azuis, algumas brancas, tudo igual.
Um burburinho toma conta do lugar. Outro pai abre uma caixa maior e deixa à mostra dois bebês siameses nus. Curiosos se aproximam. Um dos funcionários do cemitério tenta afastar as pessoas, mas o pai das crianças esbraveja: "Nada disso! Deixa eles verem, são meus filhos, meus! Eu faço o que quiser com eles. Pode olhar, gente, pode olhar. Vocês, da imprensa, podem gravar, podem gravar". Enquanto isso, ele mesmo toma uma certa distância dos corpos e fotografa os filhos com seu celular.
Em seguida, todas as caixas são reunidas em um carro de mão. Um funcionário grita: "Vamos, gente, vamos. Todo mundo já achou o seu? Então, vamos logo, temos que enterrar". E toma a frente, empurrando o carro com as caixas de bebês empilhadas.
O cortejo segue pela alameda principal do cemitério. Depois de uns 15 minutos andando sob o sol escaldante, chega-se ao local onde as covas rasas já estão abertas. Uma grande fileira de buracos. Apressados, os coveiros vão retirando as caixas do carro de mão e colocando-as nos buracos, em seqüência: número 1, 2, 3... Epa! Alguém alerta: "Calma, calma, esse não é o 4, é o 5, é o meu filho!"
O pai de Nicolau, meio afastado de tudo, olha perdido para a fileira de covas, não pode esquecer o rosto do filho morto, a quem viu, pela primeira vez, minutos atrás. O homem do martelo se aproxima devagar, coloca-se ao lado dele, num gesto mudo de solidariedade. Ficam em silêncio. Uma nuvem imensa faz sombra no Tapanã, alívio para o calor infernal. Um cidadão sai falando alto: "Aquela Santa Casa? Aquilo, sim, é um cemitério, um inferno, um cemitério, gente!". E vai embora. As famílias começam a se dispersar lentamente.
No descampado do "cemitério dos pobres" ficam as novas cruzes, algumas flores de plástico e um sentimento estranho, fruto dessa precária condição humana. No dia 28, sábado, a Santa Casa de Misericórdia do Pará admite a morte de mais oito bebês. Foram 20 em sete dias? É isso mesmo? Reconhece também as péssimas condições de atendimento e o déficit de quase 70 médicos.
A clientela do hospital é formada pelos "excluídos socialmente". Gente pobre, meninas que engravidam e não têm nenhum acompanhamento médico, mulheres com saúde frágil em função das limitadas condições de vida: miséria gerando mais miséria e morte.
No jornal O Liberal de 29 de junho, domingo, há um histórico da Santa Casa, criada em 1650, onde glória e decadência se alternam. Lá nasceram personalidades da história do Pará: Almir Gabriel, ex-governador do Estado, a cantora Fafá de Belém... Parece que a própria Laura Rossetti, atual Secretária de Saúde do Estado, também nasceu lá. Eles sobreviveram. Nicolau, não. Ele e mais 19 pequenos seres, pobres, parecem não ter nascido para fazer história, são apenas "estatística", números cravados em caixas de madeira e nas planilhas da burocracia.
Segunda-feira, 30 de junho, uma semana depois das primeiras mortes anunciadas, os jornais estampam a notícia da morte de mais dois bebês gêmeos e uma foto grotesca de uma câmara frigorífica com 14 pequenos corpos. Na mesma matéria, o Governo do Estado informa que já foi nomeada uma comissão de intervenção na Santa Casa, o diretor foi afastado e o Governo Federal já mandou auditores. Pronto! Foi instalada uma CPI. E agora? O certo é que por enquanto, o movimento deve continuar a ser grande no cemitério do Tapanã, para onde vai todo mundo que não tem chance de construir sua própria história, o cemitério dos pobres, como dizem. E esta vai continuar sendo a morte nossa de todos os dias. Um jardim de perdas, cultivado em covas rasas. Nada mais.

http://www.maeducacao.blogspot.com/2008/07/morte-nossa-de-todos-os-dias.html

Paula Sampaio
Fotógrafa
Junho de 2008

IP Casa de Oração - Rua Moreira Neto, 283 - Guaianases - São Paulo

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