segunda-feira, julho 09, 2012

Jane Uchoa - tenho sim a resposta


A resposta a esta pergunta é sim.
Sim eu parei para pensar o que é de fato a obra para Deus.
Um Deus maravilhoso que pode contar com uma pessoa que não é religiosa, não frequenta igrejas, não participa de nenhum grupo de oração – sob ter formação católica nem comento porque quase todos os católicos amam também a Deus. Quanto as tuas outras andanças pelo cenário religioso, a nada interessa a Deus, nem mesmo se gosta ou não de religião ao longo do tempo e com a própria religião.
Outra coisa, tu não esquecestes os ensinamentos bíblicos, guardastes o principal mandamento de Jesus: Amar ao próximo como a ti mesmo. E fostes provas disto, pois amou um próximo, mas desconhecido. Alguém diferente de você, que crê em muito do que tu não acredita, que tem costumes muito diferentes dos teus, que tem temperamento diferente do teu e toda uma gama de diferenças que se fosse colocado na balança por outros, inviabilizaria o seu ideal.
Sete meses atrás, sai de minha casa, deixei os meus amigos, que sào minha única família e embarquei rumo ao desconhecido: Manaus. Uma cidade que admirava e cuja a única coisa que desejava conhecer era o Teatro Municipal.
Ao embarcar eu também não sabia o que me aguardava aqui. Para ser sincera, sempre acreditei que me reabilitaria, mas não completamente – sou sincera. O problema era mesmo falta de interesse dos grupos de reabilitação de São Paulo, desde o Hospital, que fez a cirurgia, depois do acidente até o famoso e ineficiente Programa da Família que levou exatos 3 anos para me conseguir uma consulta com outro Ortopedista – detalhe a consulta se daria dia 27 de dezembro de 2011, se eu desistisse da vinda para o Amazonas.
Do acidente até chegar as muletas, foi um esforço solitário, mas foi até onde consegui chegar. E, sabia eu, sem ajuda especializada não teria mais nenhum avanço.
Quando recebi a proposta, confesso que me senti tentada a dizer não e deixar o assunto morrer, isto por tudo o que representava esta situação, de mudar de Estado, deixar meu ponto de apoio e depois, caso nada desse certo, não ter para onde voltar. Acontece que tive duas pessoas que me ajudaram muito, a Michelle, minha amada Mi, e meu pastor e amigo Sergio. Quando as poucas pessoas que souberam da oportunidade que eu recebera para vir a Manaus, começaram a dizer todo tipo de asneira e prevenir-me da burrada que estava preste a cometer, o pastor conversou comigo, deu-me o apoio necessário e colocou-se a disposição para o que fosse necessário para que eu viesse. Ele foi o único que afirmou que eu ia deixar as muletas em Manaus. Todos, inclusive eu, acreditávamos em uma possível melhora, mas não na minha cura completa, mas ele dizia o tempo todo que eu ia deixar de depender das muletas ao vir para cá.
Desembarquei no Aeroporto Internacional de Manaus — Eduardo Gomes
, foi em uma cadeira de rodas, afinal, todos os amigos mais próximos sabiam que eu não conseguia andar mais que 1 hora sem sentir dores alucinantes, que chegavam a me entrevar nos dias frios da Capital Paulista. Lembro-me que a Jane empurrou-me até o estacionamento.
Ainda fui ver a doutora Leotávia de cadeira de rodas. Assim que me examinou declarou que as minhas dores “psicológicas” eram em decorrência de uma inflamação e passou um tratamento com uma quantidade de remédios horrorosos, mas aos quais me submeti, sob as mãos da Jane.
Quando fui ao especialista, Dr Julio Ernesto Cuellar Cuadros, na Fundação Adriano Jorge, já fui um pouco mais segura, a dor já era mais leve e só voltei a sentir dor quando fui a fisioterapia.
Confesso que temia desistir. Todos os dias eu ia pensando que ia acontecer algo que ia me desanimar, mas insisti. Da fisioterapia comum, parti para a Hidroterapia e, ao lado disto, fui descobrindo outras coisas sobre minha saúde. Outras conquistas.
Sou grata a Jane, aos fisioterapeutas, aos médicos, que foram e são excelentes em suas ações. De fato todos eles tem grande importância neste processo e sem eles, repito, estaria ainda me arrastando com as muletas.
Ontem a Jane ficou feliz com meus resultados, ao ler este texto dela chorei até. Hoje, tive duas grandes experiências. A primeira foi quando a Fátima, uma outra paciente do Adriano Jorge, foi a piscina e entrou se arrastando. Lembrei-me que nos primeiros meses de minha reabilitação esta era a única forma de eu ir ao banho. Arrastava-me até a cozinha, descia os degraus dela, e tomava banho, no chão, de canequinha. Era difícil pois o braço esquerdo ainda não subia direito. Confesso que abaixei a cabeça, parei meu exercício e agradeci a Deus.
O segundo foi quando a médica pediu que eu andasse para ela.
Quando, na Hidroterapia, hoje, pela primeira vez desci o pé ao chão, ainda com um pouco de desconforto, mas durante o tempo do teste, estive com toda a face do pé no chão, me senti vitoriosa. A Doutora disse-me com um misto de carinho e saudade, “Nossa menina está voltando para São Paulo”. Foi algo estranho notar que posso fazer isto. Ma vou fazer, pois andar é hoje meu principal objetivo.
Talvez estas não sejam as palavras certas para comentar o que a Jane escreveu, mas é tudo o que sinto.
Obrigada a todos que fazem parte deste Processo. Todos os que acreditam e torcem por mim. Te agradeço de coração Jane por ter aberto mão de muito de sua vida para ser meu anjo.
Por permitir que Deus agisse através de sua vida, do amor que você tem pelo ser humano. O mundo precisa de muito mais pessoas como você.




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