quarta-feira, outubro 19, 2011

Escola e Educação - Contestadores ou não

Escola e Educação


Nossa Escola hoje cumpre seu papel, não educa as pessoas para serem contestadores e sim para ser apenas vaquinhas de presépio.

Sempre que vejo algum professor reclamar que a família deixa para  a Escola a responsabilidade de disciplinar e não apenas educar, percebo o qunato de erro foi cometido ao longo dos anos por estes profissionais.
Sim, é culpa da própria Escola a presente situação. A Escola anda forçando a Sociedade a aceitar seus termos e aparecem estes que se dizem  autoridade em Educação para cobrar das famílias que não castigue de forma violenta seus filhos. Na verdade, a maioria das famílias não usam de violência contra seus filhos. Usavam sim, certos meios de disciplina que estas  ditas autoridades Educacionais classificaram pouco ortodoxo.
Estes ditos como autoridades Educacionais foram  apresentados e louvados pela Escola, assim agora, quem tem o dever de reclamar de ter sobrado pra si a responsabilidade de disciplinar? A Escola deveria antes, ter passado tempo em inovar a Educação. Nas Escolas os professores vomitam conhecimento limitado, não criam os futuros cidadões como apregoa. Afinal, o que fazem na verdade é limitar o pensamento infantil e não fazem contestadores, como era de se esperar.
Infelizmente, no Brasil, as ditas Autoridades Educacionais fazem parte da geração que lutaram contra a Ditadura Brasileira. Foram contestadores, mas hoje aceitam o preço do suborno de seus ideais e lutam contra o que acreditavam antes.
Acredito que a Educação deve ser mudada, vivemos em um mundo tecnológico, as isformações chegam à população com a velocidade da luz se comparado à 20 anos atrás. E 20 anos atrás, os métodos educacionais eram os mesmos de hoje, não houve mudanças neste cenário. Tudo está como antes no quartel de abrantes, como diria os mais velhos.
Por outro lado existem outras apostas educacionais válidas, que poderiam ser usadas nas escolas. No Nordeste Brasileiro existe um projeto de Educação sem salas, que tem formado alunos de forma magnífica, indo para baixo das árvores e para beira de rios.
Existem brasileiros, como o educador Rubens Alves, que aposta no auto-conhecimento. E existem voluntários que jamais leram um tratado de educação, mas que tem obtido resultados explendidos em sala de aula.
Na verdade, a Educação no Brasil tem alimentado com alunos despreparados os projetos sociais que atendem nesta área. Claro que existem escolas públicas que lutam por uma educação diferenciada e que burlam este sistema pedagógico abortivo, que impede o aluno de crescer como ser humano e como cidadão.
E porque os pais não reclamam? Em que se baseariam para contestarem?  Eles não tem a mínima noção do que é certo ou errado. Em sua maioria são resultado desta Educação falha e tolhedora. Não se contesta quando não se tem noção de outra verdade.
Vivemos uma escola que não incentiva de fato a leitura, apenas impõe e, tudo o que é forçado não dá prazer. E se as famílias não tem o hábito da leitura, o aluno não se interessa mesmo em parar para ler algo. Até porque os professores não indicam uma leitura personalizada. Incentivar a leitura de fato é mostrar à criança que existem livros que falam sobre o que ele gosta.
E porque falo em criança e não em nível de educandos independente da idade? Oras, porque é na infância que incutimos na criança os valores que  lhe serão úteis em toda a vida.
Já tive aluno no Projeto Educacional que adminstrava, que aos 11 anos, já na Quinta Série, não sabia ler palavras como Imagem,Mensagem e Busca. Veja bem a situação! E pior, nem ter interesse em aprender, pois declarava, que se não repete, porque ia se esforçar em aprender.
Isto mesmo, não se esforçava porque não havia cobrança e desistiu do projeto porque tinha que ser avaliada e que para sair de um módulo para o outro. Sim, ela afirmou que se um dia precisasse daria um jeito. Era seu único argumento. E como as mãestrabalham e, em sua maioria vivem só ou não tem o apoio do companheiro para ajudar nos estímulos do filho para que este se dedique aos estudos.
NA verdade a nossa Sociedade está doente no todo e por isto mesmo a Educação nãoé prioridade.Temos pais ocupados, filhos desinteressados e professores sem preparo e sem vontade, porque a maioria dos professores não tem o amor  e para ser um profissional excelente, a pessoa procisa amar o que faz.
A Educação Brasileira precisa de profissionais apaixonados, pois só um apaixonado pode educar de forma a fazer novos apaixonados.
Conheço professores apaixonados que educam com amor e que burlam sim os métodos letais apresentados pelos nossos governantes e por seus capachos que se dizem Secretários e ministros de Educação.
Está na  hora de pensarmos melhor nesta questão vital.

Elisabeth Lorena Alves 
 Até aqui falei eu...

Com a Palavra Rubem Alves
- Educar -
“Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta.
O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
“E, ficando mais rico interiormente, ele
pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”

“Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.”
“A primeira tarefa da educação é ensinar a ver


É através dos olhos que as crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo...”
“Os olhos têm de ser educados
para que nossa alegria aumente.”
“A educação se divide em duas partes:
educação das habilidades
e educação das sensibilidades...”
“Sem a educação das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e sem sentido.”
“Sem a educação
das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e
sem sentido.”
“Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razões para viver.”
“Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm
olhos encantados.
Seus olhos são dotados daquela qualidade que,
para os gregos,
era o início do pensamento:...”
“...a capacidade de
se assombrar
diante do banal
“Para as crianças,
tudo é espantoso:
um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus,
os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu,
um pião na terra.
Coisas que os
eruditos não vêem.”
“Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas,
taxonomias, nomes latinos – mas esqueci.
Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore...
...ou para
o curioso
das simetrias
das folhas.”
“Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras
que com a realidade
para a qual
elas apontam.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“Aprendemos palavras para melhorar os olhos.”
“As palavras só
têm sentido
se nos ajudam a ver
o mundo melhor.”
“Aprendemos palavras
para melhorar
os olhos.”
O ato de ver
não é coisa natural.
Precisa ser
aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
“Quando a gente
abre os olhos,
abrem-se as
janelas do corpo,
e o mundo aparece refletido dentro
da gente.”
“São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm
saberes a transmitir.
No entanto,
elas sabem o essencial da vida.”
“Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e não se torna como criança
jamais será sábio.”
Rubem Alves
Rubem Alves – Nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais.
Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. Tem três filhos e cinco netas.
Poeta, cronista do cotidiano, contador de histórias, um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil.
“As crianças não têm
idéias religiosas, mas têm
experiências místicas.
Experiência mística não é ver seres de um outro mundo.
É ver este mundo iluminado pela beleza.”
Rubem Alves

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