segunda-feira, junho 20, 2011

Pai, obrigada pelo perdão...

Pai
Pulei da cama e além do proverbial: Bom dia Jesus, nada mais te disse.
Não te agradeci pela noite que foi tão doce.
Não me lembrei de dizer: Muito obrigada pelo sustento noturno.
Nem mesmo  pedi que guardasse a Ester e a Jase, minhas plantinhas, que ficariam só em casa.
Não me lembrei de agradecer pelo teto, nem mesmo pelo alimento.
Na hora do café, simplesmente entornei a xícara boca a dentro, enquanto tentava reisntalar pela milésima vez esta impressora infeliz.
Revi pessoas queridas e por elas fui beijada e abraçada durante parte da manhã, mas não agradeci pela vida delas e, nem mesmo orei quando partiram, para que o Senhor cuidasse delas
Já na hora do almoço, correndo entre um relatório  e a prestação de contas, esqueci até de te agracer pelo alimento, que chegou na hora.
Já ao entardecer, ao abrir minha caixa de e - mail, com meu café da tarde na mão, também me lembrei de ti, mas nada disse.
Assim passei  dia que começa a decrescer, indo de encontro ao país das lembranças, mesmo assim, eis - me aqui, sem ao menos te dizer muito obrigada.
Me perdoe Senhor, se na corrida da vida eu esqueço de ti que dela és o Autor.
Me perdoe se ao encontrar - me com os amigos, eu me esqueça de ti, que criou a cada um deles e, com certeza já sabia que seriam minha única família.
Se ao despertar para um novo amor, eu deixe de contar - lhe as novidades.
Se ao me erguer eu me esqueça de te agradecer,embora na queda tenha pedido tua ajuda para levantar.
Perdoe minhas fraquezas, minhas imperfeições e meus sentimentos mesquinhos, que as vezes penso que me afastam de ti, embora eu saiba que sou alcançada por Tua graça.
Já que nãda te disse, dei esta paradinha na minha corrida diária para te dizer embora atrasada: Muito obrigada pelo dia de sol.Lindo mesmo!
Obrigada pelo alimento, pelo pão e até pelo arroz doce, que passou um pouco no açucar.
Obrigada por tudo paisinho, que amo acima de tudo.
Que saibas que apesar de tudo que me acontece não consiga tirar de mim esta alegria que sinto, quando paro e penso que me amas.
Quando olho para a Rute, que dia a dia insiste em ir em busca da luz e que alguém insiste em volta - la para o pôr do sol.
Pois assim como cuidas dela, que apenas minha folhagem de escritório sei que jamais se esquece de mim!
Obrigada por tudo Senhor.
Pelo te amor perfeito e sua santíssima amizade, que se impõe de leve e assim me lembro que estas aqui.
Obrigada Senhor.
Em teu nome.
Amém.


Elisabeth Lorena Alves
Públicado anteriormente no recanto das Letras - www.recantodasletras.com.br

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