quarta-feira, novembro 26, 2008

Drogas: Prevenção e Participação Familiar

Ontém vi o Raul, meu ex - namorado.
Pessoa inteligente, começou usar droga em 1969, para melhorar o conv´vio social.
Durante muito tempo controlou o vício.
Usuário de maconha, e outras coisas mais, trabalhou na noite e fez da vida uma festa.
Hoje quem o controla é o vício.
Quando o conheci, vi que havia algo estranho com ele. Não sabia qual seu problema, mas inteligente, passavamos horas conversando e lendo poesias.
Até que um dia ouvi uma gritaria na rua de casa.Alguém gritava a plenos pulmões que me amava.Fui ver quem era e, para minha decepção, estava ali o homem com quem pretendia me casar. Planando frente minha casa, de braços abertos, como um avião.
Sofri muito, mas pensei em ajuda - lo, mesmo sabendo que uma pessoa não muda outra.
Foi quando entrei em choque com sua família:Pai,mãe e até seus filhos já adultos, não aceitam a realidade.Raul é dependente químico e foi isto que o fez deixar a noite e aos poucos o faz deixar a vida.
Não deixou de viver, mas é um morto vivo. As vezes que consegui uma clínica para trata - lo, fui escurraçada por sua família.Desisti deste relacionamento, afinal, sua "esposa " é mais velha que eu.
Digo esposa, porque para Raul, apesar de constantemente dizer que sou a única mulher que tenta ajuda-lo, a maldita droga é a titular,sua fiel esudeira, enquanto eu seria sempre a outra.
Me amo mais que tudo, não aceitei isto, apesar de continuarmos amigos, jamais reataremos algo que se que começaríamos, se fosse de meu conhecimento este seu problema.

Pensando assim, acabei lendo a postagem objetiva deste amigo e colo aqui.




Prevenção às drogas exige participação da família
Um dos grandes desafios da família é quando depara com um ente dependente seja ele de álcool ou de outras drogas. É comum as famílias somente procurarem ajuda quando o problema já se encontra complexo, isto é, a família já está doente e o ente está em estagio avançado da doença.
O alcoolismo ou dependência química é uma doença, jamais podemos desconsiderar isto, pois quando falamos em doença psicologicamente já passamos a tratá-la como tal, ao contrario do que ocorre enquanto ficamos com a falsa idéia que dependência seja coisa como vagabundagem, defeito de caráter, etc. Ao pensarmos assim, não consideramos a pessoa que se encontra dependente, não procuramos tratamento.
Pois bem, a partir do colocado acima, gostaria de levantar uma reflexão. Porque as famílias se desestruturam e deixam que a doença chegue num grau acentuado para procurar ajuda e recorrer a tratamentos?
Quando falamos em prevenção às drogas, precisamos levar em conta não somente para que adolescentes e jovens não venham fazer uso de drogas, mas é preciso que a sociedade, as famílias se envolvam em trabalhos de prevenção. Por exemplo, os pais precisam inserir-se nas instituições de ensino participando e cobrando projetos pedagógicos antidrogas como curso, palestras e tantas outras formas de informação e formação dos alunos. Certamente quando os pais, escolas compartilham ações preventivas às drogas, os efeitos positivos são maiores.
Outro fator e responsabilidadedos pais está na promoção e participação de tantas outras formas de prevenção às drogas. Há inúmeras entidades que atuam nesta área e que estão aptas para ministrarem palestras, cursos de formação, etc. Enfim, é necessário que os pais se sentem responsáveis nesta luta contra as drogas, não deixando para que as entidades cheguem até eles, pelo contrario, os pais procurem entidades passando a inteirar-se dentro desta realidade. As palavras arrastam, mas testemunhos oculares têm uma forma maior de sensibilização.
O mais comum que observamos é a falta de conhecimentos dos pais sobre drogas. Na maioria das entrevistas com familiares de dependentes a pergunta deles é: “O que é que eu faço?”.
Tudo isto ocorre por um simples fato; as famílias somente procuram saber sobre drogas, sobre dependência química quando o problema já se instalou em casa e está em estagio avançado. No entanto, quando a dependência atinge este patamar, infelizmente todos da família encontram-se doentes.
As famílias, a sociedade precisa ter em mente que dependência é uma doença bio-psico-social e que, uma vez instalada não há cura – há sobriedade. Ocorre a interrupção no uso, mas ela permanece encubada até ser provocada no organismo novamente, isto surge com o retorno do primeiro contato com a droga após ter parado.
Outro fato que a família e a sociedade precisam ter consciência é que, são poucos, em média 3% daqueles que procuram tratamento conseguem esta sobriedade segundo Organização Mundial da Saúde (OMS).
Enfim, a partir dela (dependência química) instalada no organismo a família do dependente perdeu o controle dele (dependente), e o tratamento, estará condicionado a ele. No entanto, a família que tem um conhecimento profundo sobre o assunto saberá como se posicionar e buscar ajuda para o dependente quanto para ela mesma.
Finalizando, é fundamental que a família saia do comodismo; informe-se por todos meios disponíveis como, por exemplo, livros, palestras, curso, etc. Que a família seja parceira de seus filhos atuando junto aos diversos meios da Educação institucional como as escolas cobrando e participação na fomentação de projetos pedagógicos incluindo a prevenção às drogas de maneira sistemática no ensino. Como também participar ativamente nas entidades que atuam nesta área para que assim, possa antecipar uma eventual dependência química de seus entes, e caso isto não seja possível, saber como lidar com o problema.
Ataíde Lemos


Escritor e poeta
Livros publicados Drogas Um Vale Escuro e Grande Desafio para Família
O Amor Vence as DrogasLivro de poesia Palavras Expressão dos Sentimentos
http://www.ataide.recantodasletras.com.br/blog.php

Um comentário:

  1. Anônimo9:34 AM

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