E. F. do Norte (1875-1889) E. F. Central do Brasil (1889-1975) RFFSA (1975-1994) CPTM (1994-2000) | |||||
GUAIANAZES (antiga LAGEADO e CARVALHO ARAÚJO) Município de São Paulo, SP | |||||
Ramal de São Paulo - km 474,994 | SP-0167 | ||||
x | Inauguração: 06.11.1875 | ||||
Uso atual: restaurante | com trilhos | ||||
Data de construção do prédio atual: 1982 | |||||
HISTORICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cachoeira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. | |||||
A ESTAÇÃO: Aberta em 1875, como Lageado, pela E. F. do Norte. Nos anos 1930, o nome foi alterado para Carvalho de Araújo, homenageando um diretor da Central, João Carvalho de Araújo. (Nota: outra estação foi aberta com o nome de Lageado, em 1998, portanto mais de cem anos depois, pela CPTM, por causa do bairro, e mudou também logo depois, para Gianetti). O nome de Carvalho de Araújo teria sido alterado para Guaianazes em novembro de 1943. Há relatos sobre três linhas que saíam da estação em tempos remotos: uma delas, particular, tinha bondes e seguia até a localidade de Santa Etelvina (hoje região muito pobre - a Cidade Tiradentes). Era conhecida como bondinho da Passagem Funda, e, segundo Wanderley Duck, ele teria funcionado entre os anos de 1919 e 1945, embora outras fontes dêem o período como sendo entre 1908 a 1937 (embora mapas posteriores ainda mostrassem os seus trilhos). O historiador José de Souza Martins lembra-se da estação em 1948: "Naquele 1948 em que fui matriculado no Grupo Escolar Pedro Taques, Guaianases era um povoado ao lado da estação ferroviária, as ruas iluminadas à noite por lampiões de querosene. No largo da estação terminava a estrada de terra que vinha da Fazenda Santa Etelvina. Era o meu caminho, 16 quilômetros batidos a pé, entre a ida e a volta, entre o casebre da roça e a sala de aula lotada, três alunos por carteira. (...) De vez em quando era chamado o batalhão dos mata-formigas da Prefeitura de São Paulo, que chegava lá na roça para acabar com os formigueiros. (...) O requintado prato indígena estava condenado no que ainda não era a degradada periferia urbana de São Paulo". (José de Souza Martins: O último bocado de içá, O Estado de S. Paulo, 15/2/2010). Martins já não fala sobre o bonde, que aparentemente já não existia mesmo nessa época. O outro ramal parece ter pertencido à Central e levava para uma pedreira (ver abaixo). O terceiro foi um tal de "rabicho da
(Fontes: Ralph Giesbrecht, pesquisa local; Wanderley Duck, 2005; Christopher R., 2003; Luiz Garcia Bertotti, 2009; Coaraci Camargo, 2002; J. Cardoso; José de Souza Martins: O último bocado de içá, O Estado de S. Paulo, 2010; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) | |||||
Eu:Esta história de ramais da Estação Guaiannases é de fato verdadeira. Meus avós sempre falavam disto e tenho uma lembrança nítida de ter sido levada às pedreiras para ver o caminho das linhas ramais. Hoje é são pouco os moradores antigos que podem conatr histórias de nosso bairro, mas é algo lindo de se imaginar. | . |
Folhei-me, olhe-me com carinho, ou como o desejo te permitir. Sou teu livro, abra-me com cuidado, para que eu possa durar sempre mais. Este não é um blog qualquer, são as páginas de minha vida. Descubra-me aos poucos... Leia-me!
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
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