segunda-feira, abril 12, 2010

Argentina e sombras mortíferas da Ditadura

Argentina: Testemunhas contra Genocidas são Assassinadas

(O Caso de Silvia Suppo, 29 de março de 2010)

Carlos Alberto LungarzoAnistia Internacional (USA)Reg. 2152711

A ditadura militar argentina de 1976, cujo 34º aniversário foi completado a semana passada, continua fazendo vítimas. Desde 1976, essa ditadura foi a sétima num país que só conheceu isso que chamam “democracia” por curtíssimos períodos e nunca de forma perfeita, e que apenas teve governos moderadamente enquadrados na lei desde 1983. Este começo de uma relativa democracia moderna (no estilo de outros países da região, como o Brasil), não foi um triunfo da classe política, que sempre foi conivente com o terrorismo de estado, mas por causa do fracasso dos militares na guerra de 1982, o que deixou seu governo em situação insustentável no cenário nacional e internacional.É fácil demonstrar que essa ditadura foi o mais cruel e sanguinário processo autoritário em Ocidente (limitado a um país só; estou excluindo a Segunda Guerra Mundial), depois da ditadura espanhola, e acima de regimes como o de Pinochet e as ditaduras da América Central.
Peço às organizações de Direitos Humanos que leiam este comunicado, que façam conhecer a notícia tanto como seja possível.O Contexto GeralVejamos brevemente o histórico do problema. Segundo cálculos das organizações de DH, durante a ditadura argentina (e seu antecessor, o governo de Maria Estela Perón, viúva de Juan Perón) foram capturadas, seqüestradas e tornadas “desaparecidas” 30 mil pessoas, num país cuja população média no período 75-81 era de 30 milhões, configurando a taxa nunca atingida antes em Ocidente de 1% da população. Esse cálculo, tido como padrão, pode ser conservador, em minha opinião. Documentos chilenos recentemente desclassificados mostram que os militares argentinos tinham informado ao Chile em agosto de 1978, que os desaparecidos eram por volta de 22 mil. Observe-se que a ditadura durou até 1983, e que até 1981 continuaram praticando-se sequestros. Essa data está aquém do ponto médio do período agudo das capturas (1976-1980), o que faria pensar que pode ter existido uma quantidade similar no período seguinte.Em 1983, Raul Alfonsín, membro de um velho partido de centro da Argentina (UCR), que representa sobretudo a classe média, e foi famoso ao longo da história por sua colaboração com golpes de estado e conspirações, ganhou as eleições para presidente. Alfonsín, o primeiro dirigente da UCR que não cultuava o típico estilo de caudilho urbano, pretendeu, com muito esforço, vender uma imagem de governo moderno e democrático.Pressionado por vários governos (na Argentina foram assassinados cidadãos de 32 países, alguns realmente concernidos com os DH como Suécia) e por parentes e amigos de assassinados ou exilados (quase 10% da população), o governo se viu obrigado, a contragosto, a abrir uma investigação, onde o número de denúncias espontâneas de parentes das vítimas atingiu quase um 3º do número real de desaparecidos (Por volta de 9 mil em 1984). Isto é um número alto, se pensamos no clima de terror que assombra a sociedade desde pelo menos 1975, e a enorme quantidade de crimes políticos contra defensores de DH ou amigos das vítimas.O processo de denúncias se tornou massivo e fugiu do marco puramente simbólico em que o governo e quase toda a classe política queria manter-lo. O assunto acabou na justiça, onde 9 comandantes (acusados de centenas de assassinatos comprovados, aplicação de tortura, sequestro, estupro, etc.) foram condenados a penas que iam desde prisão perpétua (Videla) até menos de 10 anos. A própria dinâmica do processo conduziu às pessoas a continuar apresentando denúncias. Os poucos sobreviventes denunciaram a seus algozes, torturadores, carcereiros, etc. Em 1986, a lista de policiais e militares acusados de crimes que, se fossem punidos de acordo com a lei, teria prisão perpétua (uma pena que existe na Argentina).Assustados pelo rumo que tomavam os acontecimentos, os políticos argentinos (salvo uma minoria de esquerda que constituía menos de 1% do parlamento) decidiram fechar o caso. Pode confundir o fato de que vários partidos de direita (como Justicialista, fundado por Perón) se opunham a anistiar os militares, mas isso era uma manobra para se opor ao governo e deixar este isolado, visando as próximas eleições. O peronismo e os partidos conservadores foram, salvo naquele momento, os que mais defenderam os militares.Mas, o governo conseguiu passar duas leis nos meses seguintes: a Lei do Ponto Final, que fechava a recepção de novas denúncias, a partir de certa data, e a infame Lei de Obediência Devida, que justificava quase todo tipo de crime (salvo estupro e registro de crianças seqüestradas, mas não assassinato e tortura), desde que o autor pudesse justificar que cumpriu ordens. Salvo o ditador maior em cada momento, qualquer outro poderia aduzir que cumpriu ordens.
Em 2005, depois de 20 anos perdidos, a justiça argentina considerou esta lei anti-constitucional e, por estímulo do governo Kirchner, começaram a ser retomados, lentamente, os julgamentos contra os militares, muitos deles na beira do túmulo depois de ter vivido 80 ou mais infernizando a sociedade. Não saberia dizer exatamente sem consultar alguma fonte, mas acredito que, nesse período, mais de uma dúzia de culpados, alguns de alta patente, foram condenados a penas maiores de 20 anos.Há alguns anos, um senhor que tinha sido torturado pelos militares, e que declarou num processo em 2006, desapareceu bruscamente depois de depor contra um militar, que foi condenado. O governo Kirchner fez um grande esforço para encontrar o seqüestrado, e identificar e punir os culpados, mas foi inútil. O tecido social argentino está envenenado por décadas de delação, medo de militares e policiais, e viciamento com o terrorismo de estado. A tarefa de normalizar a sociedade será difícil.A Causa BrusaA repressão na Argentina teve muitas peculiaridades que não são encontradas nem mesmo nos piores momentos do nazismo. Uma delas é relevante aqui: a tendência do judiciário a tornar-se cúmplice de torturas praticadas por militares e policiais. A ditadura não precisou fazer uma substituição grande dos quadros judiciais, como na Alemanha, onde junto à justiça tradicional foi sendo introduzida, aos poucos, um estilo de justiça nacional-socialista.
Na Argentina, o mesmos juízes convencionais tomaram depoimento e conduziram ou legitimaram inquéritos cometidos sob tortura.Não foram raros os juízes torturadores em sentido estrito. Como os juízes têm uma extração social mais alta que policiais ou suboficiais militares, eles não queriam (nem precisavam) “sujar as mãos” utilizando máquinas de choque, canivetes, metais esquentados, etc., ou praticando estupros, mas assistiam aos tormentos, durante os quais ameaçavam às vítimas com suplícios ainda maiores. Também praticaram todo tipo de intimidação e tortura psicológica.Um dos piores casos foi o de juiz federal VICTOR HERMES BRUSA, procurado pelo juiz espanhol Balthazar Garzón, um dos maiores heróis da defesa dos DH em Ocidente. Brusa operava em Santa Fé, no estado do mesmo nome, a uns 600 Km. de Buenos Aires, onde tomava declarações a torturados, mutilados, mulheres estupradas, depois de ter passado pelo sadismo da polícia, incluindo mulheres policiais. Brusa era membro permanente das equipes de tortura em dois centros de extermínio clandestinos naquela cidade e, embora não se tenha dito que aplicasse tortura física com sua própria mão, submetia as vítimas a tormentos psicológicos e ameaças, até obrigar-las a assinar depoimentos cujo conteúdo não podiam ler.Para quem conhece a insanidade e barbárie superlativa do processo militar argentino, o caso Brusa não é dos piores. Nos locais onde ele colaborou na tortura desapareceram “apenas” algumas centenas de pessoas (não se sabe ao certo, mas são mais da metade das vítimas produzidas pela ditadura brasileira).
Aliás, houve 18 que foram poupados e, embora muito torturados, foram mantidos vivos. Todos eles afirmaram que o juiz Brusa monitorava as torturas, “torcia” pelos torturadores e ameaçava às vítimas.Argentina não podia extraditar a Brusa, que era requerido pela Espanha, por causa de uma lei infame e chauvinista que proíbe extraditar os nacionais (esta lei existe em muitos países), mesmo em caso de crimes contra a Humanidade. Entendo que o governo Kirchner propôs a anulação desta lei, mas não sabemos se teve sucesso.No final de dezembro de 2009, o teratológico magistrado foi julgado na própria cidade de Santa Fé e condenado a 21 anos de prisão, uma pena não muito maior a que se aplica na Argentina a um crime comum como latrocínio. De qualquer maneira, foi um grande triunfo que o poder judicial condenasse a um de seus membros, algo que nunca tinha acontecido no país. http://www.desaparecidos.org/arg/tort/jueces/brusa/veredictobrusa.pdf

A Testemunha Silvia Suppo
Em 1977, Silvia Suppo, então com 17 anos foi seqüestrada por uma gangue policial. A ditadura tinha lançado, em certas cidades, a palavra de ordem de deter e torturar os estudantes de certa faixa de idade (geralmente, entre 15 e 20 anos) que podiam ser suspeitos. Quando as pessoas não respondiam a uma tortura dura, porém reversível, a polícia deduzia que esse não era o que procuravam e podiam, em alguns poucos casos, deixá-la livre depois de algumas semanas de tormento, que foi o aconteceu com Silvia. Entretanto, isto não era o mais comum. A maioria era alvo de queima de arquivo.Silvia foi sequestrada junto com seu irmão e um amigo, mas já antes desse fato, seu namorado tinha sido também vítima de sequestro policial/militar, e nunca reapareceu.Silvia foi estuprada por seus captores e posteriormente submetida a um aborto. Em 2009, ela declarou este fato ao tribunal, o que foi um dos argumentos chaves para a condenação da eminência togada.
O Esfaqueamento de Silvia

Ontem, Segunda Feira 29 de março, Silvia foi atacada por pessoas não identificadas numa loja que possuía no centro da cidade da Rafaela, na Província (Estado) de Santa Fé. Eram as 10 da manhã, hora de máxima circulação na maior parte das cidades do país. Rafaela tem 84 mil habitantes, e forte movimento comercial, além de um patrulhamento policial intenso. Assaltar uma loja no centro sem que a polícia o perceba, no horário comercial, é muito difícil.Ainda, SILVIA FOI ALVO DE 12 FACADAS QUE LHE PRODUZIRAM A MORTE. Os atacantes roubaram também 10 mil pesos e objetos de ouro e prata, um fato que deu pretexto à polícia para considerar a hipótese e assalto com morte.
É necessário ter em conta:
1. Rafaela não é uma cidade violenta, e assaltos com morte são quase desconhecidos na região.
2. Um assaltante usualmente usa arma de fogo curta para intimidar. Como em qualquer outro país do mundo, aquele que procura dinheiro não tem especial interesse em executar alguém. Aliás, a polícia não se preocupa em perseguir autores de assaltos pequenos; portanto, não faz sentido pensar que foi morta porque viu o rosto do assaltante.
3. Matar por facadas é uma forma extremamente cruel, usada por grupos parapoliciais e paramilitares para que sua vítima sofra o máximo. Em geral, estes grupos preferem seqüestrar a pessoa e submetê-las a torturas que produzam uma morte lenta durante vários dias. Neste caso, isso teria sido mais difícil pela grande movimentação que existe na cidade. Ou, talvez, simplesmente, os executores decidiram entre as duas alternativas a que parecia mais fácil.
4. Finalmente, o argumento do dinheiro roubado é ridículo. Os grupos parapoliciais que cometem crimes contra pessoas vinculadas a DH costumam a roubar qualquer coisa de valor que encontrem no local. Isso aconteceu muito durante a ditadura. Membros da polícia fizeram verdadeiras fortunas roubando os pertences de suas vítimas.
5. Não é uma maneira de camuflar o crime. Pelo contrário, os executores preferem que a sociedade suspeite que foi um “acerto de contas” para que outras testemunhas sintam medo.Devido ao grande movimento da hora, algumas pessoas perceberam que um homem entrou na loja e fechou a porta. Entretanto, ninguém diz ter detalhes para o retratado falado do executor.
É quase absolutamente certo que o crime foi uma vingança pelo depoimento de dezembro, e uma ameaça contra possíveis testemunhas futuras. Chamado às ONGs Brasileiras de DHSendo que no Brasil, os defensores de DH sofrem ataques (embora não nas áreas urbanas, como no caso de irmã Dorothy), e tendo em conta que as vítimas da ditadura fazem enormes esforços para vencer a criminosa impunidade que se pratica no Brasil, peço a todos os ativistas e organizações que se pronunciem solidariamente sobre este caso. Peço que cobrem uma manifestação do governo e de outros organismos públicos, e que façam chegar sua preocupação ao governo argentino. Enfatizem o fato de que solidariedade e os direitos humanos são prevalências de nossa constituição e ultrapassar as fronteiras.Silvia tem parentes no Brasil, que chegaram, como muitos outros, na época da repressão, mas não quero dar publicamente dados sobre eles, pelo menos, se não for autorizado por eles próprios.Uma denúncia circunstanciada será enviada ainda hoje a nossa Secretaria Geral em Londres, e outra ao juiz Balthazar Garzón, um campeão internacional de DH ao qual se devem os processos contra os grandes criminosos de estado, incluindo Pinochet.
São Paulo, 30 de março de 2010.
Carlos Alberto Lungarzo
RNE V033174-J 11-9939-1501

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Resultados da pesquisaArgentina: Sombras sobre o Caso Silvia Suppo Revista Consciência ...
http://www.consciencia.net/?p=4855

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A Situação Atual
Os familiares se manifestavam dispostos a exigir uma pesquisa profunda sobre a possibilidade de motivação política, mas até o dia 7 não tiveram nenhum acesso às autoridades nem à leitura do processo. Todas as informações foram recebidas através da mídia. Os filhos da vítima, Marina e Andrés, foram aceitos finalmente como parte querelante no caso, mas não se apresentaram a declarar na oitiva marcada. Em seguida, as fábricas de lixo informativo começaram a ironizar sobre o fato de que a família de Silvia não tinha argumentos para aduzir crime contra a humanidade, e deveria aceitar a hipótese do assalto.

Detalhes Suspeitos
Atualmente, parece que a polícia chegou a uma versão única para vender a todos, mas no começo circularam dados incompatíveis. Relataram que a vítima tinha recebido 3 facadas. Depois se falou de 12, de 9, e de um número indefinido entre 7 e 9. No dia do crime, disse-se que várias pessoas tinham visto que um homem entrou na loja e fechou a porta, mas, quando a polícia lançou a novidade dos dois assaltantes, esse suspeito solitário foi esquecido.

Os filhos de Silvia, Marina e Andrés, desmentiram várias afirmações da polícia. Eles dizem que é totalmente falsa e tendenciosa a versão de que o suspeito mais novo, o lavador de carros, lavasse com freqüência o carro da vítima. Negaram que a vítima, que foi conduzida em agonia até um hospital e morreu logo depois, tivesse dito algo como “foi um roubo”. Também negaram que ela pudesse ter-se defendido.

O jornal eletrônico italiano www.prensamare.com.ar critica veementemente a perícia policial no lugar dos fatos. Os agentes não adotaram precauções mínimas conhecidas nos lugares mais atrasados do planeta, como obstruir o entorno de local do crime. Fontes complementares (como Página/12) reproduzem a declaração dos familiares, segundo a qual, numerosos vizinhos e curiosos entraram na loja, e tocaram e pisaram em toda a área durante um tempo prolongado, sem que a polícia fizesse esforços para afastá-los.

Logo após chegada dos policiais, com um raciocínio muito rápido, qualificaram o fato como roubo seguido de morte, e até deduziram que os culpados eram dois. Ninguém viu quando a polícia percebeu a falta de dinheiro nem algumas bijuterias. O jornal faz notar que a loja de Silvia vendia objetos populares baratos, que ninguém pensaria em roubar.

Mais esquisito ainda foi que nem a polícia, nem o MP nem a magistratura procuraram à família da vítima, que era muito conhecida na pequena cidade. A justiça recém abriu um processo depois que os parentes de Silvia comparecem espontaneamente ao fórum, mas, até o dia 07, os filhos não tinham sido recebidos pelo juiz nem tinham visto o processo.

Alguns meios afirmam que na rica cidade, com baixo índice de desemprego, não havia um assalto desde 1999. Mas, o Pensamare vai além: desde a fundação da cidade em 1881, não se registra nenhum roubo seguido de morte com requintes de crueldade. Ou seja: o único crime cruel em 129 anos, cuja vítima era odiada pelo terrorismo policial, se produziu 5 dias depois de completar-se mais um aniversário do golpe militar.

O jornal também coloca em dúvida o comportamento da justiça e do governo provincial (estadual). A matéria afirma que a melhor hipótese é de que a polícia teria marcado uma área livre de repressão para criminosos de baixo cacife, com a obrigação de executar alguns crimes que a própria polícia encomendava. Essa é uma prática antiga na Argentina, especialmente nas províncias mais ricas, onde a brutalidade policial escancarada se torna mais difícil em épocas de democracia. A totalidade da matéria pode ser lida aqui.

O jornal Página/12 menciona outros aspectos suspeitos:

1.A família rejeitou a afirmação policial do roubo de 10 mil pesos (5 mil reais). Faturar essa soma numa manhã seria impossível para este tipo de negócio.
2.Os filhos se queixaram da lentidão do juiz para instalar o processo e sua demora para chegar ao lugar dos fatos, tendo em conta a importância do crime.
3.Um dos acusados relatou que Silvia foi esfaqueada junto ao balcão e depois deslocada para um lugar da loja onde não pudesse ser vista de fora. A perícia, porém, nega a existência de sangue nesse trajeto, e de rastos de desordem.
4.Depois, os acusados deram uma nova versão. O ataque teria sido executado em duas etapas: facadas “preparatórias” e, depois, facadas terminais no pescoço.
5.Os acusados disseram que a vítima foi morta porque resistiu. A polícia repetiu isso em vários boletins, mas a autópsia não encontrou feridas defensivas.
6.Alguns policiais disseram que o celular da vítima foi encontrado na casa dos acusados, mas outros policiais revelaram tê-lo encontrado na casa de um parente, sem o chip. Os agentes se irritaram quando os filhos não souberam reconhecer esse telefone.
7.A polícia declarou o roubo de jóias, mas só puderam mostrar bijuterias baratas, que no teriam comprador no mercado de produtos roubados. Ora, a vítima (que também morava na loja) tinha objetos pessoais de valor que não foram tocados. Aliás, não houve interesse em dinheiro que Silvia guardava para uma próxima viagem à França.
8.As fontes policiais disseram que o alvo do assalto foi escolhido ao esmo. É um fato bem conhecido que ladrões jovens sem experiência preferem furtar em lojas de eletrônicos ou telefones, cujos produtos têm comprador imediato no circuito de objetos roubados.
1.Poucas horas após o crime, falava-se de um detido e dois foragidos. Mas, a polícia também falava de dois culpados. É totalmente evidente que o relatório policial, confirmado pela justiça, foi forjado e, num primeiro momento, ainda não havia harmonização entre as diversas mentiras. Veja mais informação aqui.
Finalmente, uma observação pessoal: é curioso que os garotos não tenham sido torturados, pois ninguém passa por uma delegacia argentina sem receber alguma dose de tortura, mesmo que esteja decidido a confessar. Foi dito que declaram com grande entusiasmo, caprichando nos detalhes com espontaneidade e eficiência.

Crime Imperfeito
Seria natural perguntar-se por que a polícia montou uma farsa tão frágil, cheia de detalhes inconsistentes. Não será que a maioria vai considerar inacreditável? O desleixo na montagem deste circo possui uma explicação na psicologia dos terroristas de estado da Argentina, e em sua longa história de crimes e aberrações.

A polícia não se importa se as pessoas acreditam ou não em suas “descobertas "

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