Ainda falando do valor da vida...

Ainda falando do valor da vida.

Estranha situação se criou quando escrevi o texto Quanto vale uma vida, no último dia 30 de Setembro, para publicar no blog.

Escrevi pela manhã, logo depois de assistir a reportagem na TV, mas quis colocar links das reportagens no blog, para que quem não assistiu ou não deu atenção ao fato, tivesse acesso as informações que me deixaram tão irada. E qual não foi minha surpresa, a procurar na NET, pelos canais de pesquisas habituais, só encontrava a história da perereca rara. Não achei um link se que falasse sobre o caso da senhora que citei no texto que postei.

Na verdade esta busca tão sem sucesso só veio mesmo confirmar o que venho dizendo a muito tempo sobre o que o homem faz com seus iguais.

Não é importante para ninguém falar sobre uma pessoa que tem sua vida e seus hábitos ameaçados pela construção de uma Estrada, mas falar da Perereca é muito lindo. Outro dia vim um pregador dizer na TV uma coisa sobre as pessoas e acabei por rir, mas não discordo dele. Isto porque suas palavras são verdadeiras: “As mesmas pessoas que defendem o aborto são as que criticam o assassinato das baleias em outros continentes ou lutam contra a extinção do mico leão dourado.”

Uma vez, em uma reunião feminista que participei – a última, por sinal – vi uma senhora dizer que lutar a favor da legalização do aborto é uma questão de direito feminino, já que as mulheres têm o direito de escolher o que fazer com seus corpos. Aí fiquei com uma pergunta sem reposta: “ e se o feto que se quer extrair for uma mulher? Não estamos aqui tirando – lhe o direito de decidir sobre sua vida? ” Outra questão foi levantada para combater a minha pergunta: “Será que sei quando começa a vida”. Cai na risada, claro, pois se para levar adiante um gravidez se usa até meios artificiais, como barriga de aluguel, proveta e o que se colhe é o óvulo fecundado, então há de fato vida neste.

Sim, o ser humano é hipócrita e insensato, defendem a morte de fetos e criticam a depredação do Meio Ambiente. Digo a verdade, nestes 24 anos de trabalho social, já aderi sim a algumas Campanhas pelo Meio Ambiente, mas se as reuniões e encontros referentes ao assunto coincidisse com qualquer outra situação que envolvesse um ser humano, não pensava duas vezes em protelar. Escolho sempre o ser humano.

A violência, o despreparo, a ignorância, o desamor, são frutos de uma Sociedade egoísta, que prefere lutar por coisas banais a lutar por seus irmãos.

Não estou banalizando as questões ambientais, que fique claro isto. O que estou dizendo é que se não lutarmos pela recuperação do bem estar da Humanidade, a restauração dos valores familiares e da irmandade entre nós, não vai adiantar muito ter mico –leão dourado, perereca e sapo boi para enfeitar a Natureza, se não houver nenhum ser humano aqui para aproveitar o espetáculo.

Infelizmente estamos aderindo pelo que é politicamente correto ao invés de lutarmos pelo que deveria interessar a todos, enquanto pessoas, seres humanos. Sendo assim, quando somos violentados em nossos direitos, não estamos sendo mais vítimas de outrem e sim de nossas próprias escolhas.

O certo é começarmos ainda hoje uma grande Campanha pela vida humana e juntos darmos um grito pela nossa subsistência.