domingo, janeiro 31, 2021

A Poesia de Emílio Moura

 Lá vem eu com outro escritor pouco difundido.

Trago dois Poemas de Emílio Moura nascido Emílio Guimarães Moura (1902 — 1971), esse mineiro foi professor de Literatura Brasileira, um dos fundadores da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, da qual foi catedrático e seu primeiro diretor. Redator dos jornais Diário de MinasEstado de Minas, A tribuna e Minas Gerais. Em 1925, criou, ao lado de Drummond, de Francisco Martins de Almeida, e de Gregoriano Canedo, de A revista, publicação conhecida como manifesto do Modernismo nas Minas Gerais.
Prêmios: 1949 - o Prêmio de Poesia da Academia Mineira de Letras.
1969 - Prêmio do Pen Club do Brasil, e o Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro.
Obras: Ingenuidade, 1931;
Canto da hora amarga, 1936;
Cancioneiro, 1945;
O espelho e a musa, 1949;
O instante e o eterno, 1953;
Itinerário Poético, 1970, que é considerada sua obra poética definitiva.
Aí vão as que escolhi para vocês.
Três tempos

Futuro:
Desassossego no escuro.
Medo.

Presente:
Revoada de nada,
simplesmente.

E tu passado:
que fizeste deste,
coração frustrado?
...
Soneto a Carlos Drummond de Andrade
A hora madura envolve-te e palpita
nela o que ora te oferta, ora recusa:
posse do que és, na solidão recôndita,
graça de amar, ressurreição dos mitos.
Claros enigmas riscam céus distantes.
Falam-te as coisas pela voz que é o próprio
sentimento do mundo e pela meiga
sombra gentil que ressuscita a infância.
Ouço-te andar nas lajes desta rua,
que nem sei se é de Minas ou de alguma
pátria remota que ao teu canto se abre.
E amo-te a voz multiplicada em ecos:
verbo dócil à força íntima e pura
que à máquina do mundo se incorpora.
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