segunda-feira, maio 16, 2011

Enfermeira Antônia - Ortopedia Hosp. Dr. Carmino caricchio - O dia em que quase morri

Eu e a Jane - enfermira
de Manaus
Em setembro de 2007, sofri um acidente.Estava fora de minha jurisdição, como diriam alguns.Na verdade estava no Carrão, em São Paulo mesmo, quando um tombo imbecil, com uma criança no colo, me fez ficar longos meses incapacitada.

O Acidente

Estava com a Vitória no colo, ela acabara de fazer um ano e, quando eu me preparava para voltar para Santo Amaro, que era onde  morava na época, ela começou a chorar. Eu peguei ela no colo eresolvi esperar mais um pouco, enquato a mãe dela terinava de limpar a casa.



Decidi leva-la até a janela da lavanderia, para mostrar onde a mãe estava, quando cai com ela no colo. Minha reação imediata foi protege-la e minha decisão ocasionou todo o resto.


Um único degrau e uma parede nos separava do chão,mas caímos ambas.Graças a Deus ela não sofreu nada.


A Internação


Eu, no entanto, machuquei o rosto,braço esquerdo e fraturei a perna esquerda. Meu pé ficou torcido, a dor era horrorosa. Horas depois fui levada ao Hospital Municipal Dr. Carminno Carichio, onde permaneci pr quase dois meses. Forarm longos dias, sem visita, sem amigos, sem ninguém para dar uma palavra de apoio - na verdade recebi 2 visitas.


O Enfermeiros

Durante estes dias, meus companheiros foram os enfermeiros. Vários deles. Tinha um chefe de Enfermagem, o Michael muito legal e o Adilson, que me levava parao banho. A Sol (lange) que fez de minhas mão um dia um mapa da mina, procurando uma veia - estava estressada a pobrezinha. E várias outras. Elas esavam sempre dando um oi, falando algo.

Antônia - a Enfermeira

Tinha uma em especial, que na hora do lanche dela ou quando a correria terminava, vinha para o meu quarto e ficava conversando comigo. Não era única, mas ela sempre vinha. Meu quarto ficava em frente a Sala de Enfermagem. Ficávamos conversando, lembro que sempre me dava atenção, em qualquer assunto. Se bem que meus assuntos não variam muito, são sempre, Jesus, Leitura e crochê.

 Hospital .Municipal - Regional Norte
Dr. Carmino Caricchio
Eramos duas pacientes quase permanentes, a Camilla, uma garota alegre e eu. Ela estava no quarto quando subi da Enfermaria. Suas visitas eram minhas também. Sua mãe era muito divertida e seus amigos idem.

Voltemos a Antônia

Por muitos dias ela ía ao meu quarto e sempre se sentava na cama ao lado. Engraçado que aquela cama permanecia quase sempre vazia. Ninguém gostava dela. Um dia, no plantão da Antonia, a equipe de enfermagem resolveu sibstituir a cama alegando que precisavam de mais leito e dali em diante sempre tinha algum paciente ali.

Novo Acidente

Dias depois de minha cirurgia, eu ainda sentia muitas dores na região operada, uma mulher deu entrada no Hospital, depois de uma briga no bar, faturou o braço direito e depois de operada veio ficar naquele leito ao lado do meu. Ela vivia atrás de cigarro pelos corredores, fumava no banheiro ou no corredor, para meu desespero.


Certo é que um dia, depois de comer quase toda a comida do pacientes do quarto e toda a sobremesa, ela adormeceu.  A verdade ela era uma diversão a parte, naquele universo branco. Fomos medicadas na mesma hora. Eu até estranhei que o sono dela se estendeu bem. Mas eu també fiquei com sono. Quando a Antonia entrou, quase voltou da porta, mas eu disse que entrasse. Ainda falei que não queria dormir. Ela ficou ao lado direito da cama, então eu pedi, senta aí na beira da cama da Simone. E ela, como sempre, disse que não podia, mas sentou-se num banquinho alto, que um dos acomapnhantes deixara ali e fora parar ao lado da cama da Simone.


Começamos conversar, quando ela saiu do quarto, quase correndo, mas de forma que não nos assustassemos. Quando voltou, trouxe com ela as tarrachas das borboletas que encaminhavam o soro. Fez um sinal disfarçado para outra efermeira, mas eu sou bem esperta e notei logo. Também olhei. Primeiro para a Simone e vi o sangue dela escorrendo peo lençol branco e logo para mim.


Foi solicitado pela própria equipe de enfermagem atenção ao meu caso, pois fora quem mais perdera sangue. Quase um litro. A Simone perdeu menos. Sei la por qual motivo.


A minha sonolência era do fato de eu estar perdendo sangue, pelo escape da mangueira de soro. Foi uma experiência única. Nunca vou esquecer aquele chão cheio de sangue, meu sangue, lençol e até a grade da cama coberto de sangue,vermlho,intenso. Foi aterrador.


Porque eu percebi que poderia ter morrido ali e sem saber de nada. Gente o sangue saia e eu não via não sentia,. Engraçado que eu sentia que o soro entrar, como não sentia o sangue sair?


Sempre que lembro-me disto agradeço a Deus pelo livramento, mas devo este livramento a uma enfermeira, que dava um momento de seu descanso a dar atenção a uma paciente sem visita. Porque sei lá no íntimo, que ela ía lá apenas porque eu nunca tinha visita.Ela conversava e me dava toda atenção possível. Eu ficava feliz com sua presença, nem ligava quando as visitas dos outros pacientes chegavam.


Como já disse, quase todos os enfemeiros, principalmente  as do dia, me davam imensa atenção, mas a esta devo a vida.

De fato meu bem estar e melhora se dava pela atençaõ dispensada por cada um deles.

Muito obrigada a você Antonia, que nem sei se lerá este meu relato, mas a quem devo muito mais do que penso.

Que Deus te abençoe sempre.

Elisabeth Alves do Nascimento - Prontuário - 605267 - Matrícula - 100910537

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