sexta-feira, dezembro 31, 2021

Feliz 2022 com Poesia de Mario Barreto França

 O ANO QUE CHEGA



Mário Barreto França

Mais um ano que chega e outro que passa,
Num misto de ventura e de saudade;
Suplica-se do céu divina graça
E o gozo de servir ao peito invade...

De joelhos em terra, a humanidade espera
Do derradeiro instante do ANO VELHO,
Há sempre confissões, na mais sincera
Vontade de viver para o evangelho...

E quando, ao som de um cântico sagrado,
Saúda-se o raia de um ANO NOVO,
Sobe a Deus, penitente do pecado
E em místico louvor, a alma do povo

Essa ingênua alegria das crianças
Enfeita o coração da gente pobre,
Que fica colorido de esperanças
E de bondade se ilumina e cobre.

ANO VELHO que vais, boa viagem!
ANO NOVO que chegas, sê bem-vindo,
Para encher a alma humana de coragem,
Para o mundo tornar mais justo e lindo!

terça-feira, dezembro 28, 2021

Sobre The Box , filme da Coreia

 Sobre o filme The Box - Coreia, 2020 - filme que assisti esse filme aqui


Esse é o primeiro Natal sem minha tia Wanda, não que ela comemorasse essas datas, mas ainda assim antes ela estava para nos dar um presente e uma bronca envolvida em carinho. E nesses dias que antecede o Ano Novo, aniversário de morte de minha ''avómãe'' Dona Eulina, fico nostálgica. E esse ano, dado a informação inicial desse texto, estou muito sentida com tudo, assim, estou indo pela internet atrás do que assisti e esbarrei em ''The Box'', sob direção de Yang Jung Woong. O filme estrelado pelo sul-coreano estrelado pelo Park Chanyeol, pessoa que eu desconhecia a existência, aborda a história de um músico que não consegue cantar em público. Para resolver o problema seu produtor resolve colocá-lo em uma caixa. Mas essa informação qualquer um consegue em uma leitura rápida da sinopse. 

Para mim a questão mais marcante é o que faz esse músico apaixonado não gostar de público: Violência doméstica. Está lá bem guardada na memória do homem que foge do mundo mesmo tendo um talento grandioso.  Park Chanyeol se doa totalmente ao personagem, cresce e melhora com a amizade do produtor, Min Soo, lindamente interpretado por Jo Dalhwan. Cada um por seu motivo tem sua própria caixa e ambos estão tentando sair dela. Os dois são pessoas diferentes, mas um encontro inusitado inicia a transformação de ambos. Durante o filme vemos o quanto cada um cresce e como o acordo comercial se transforma em uma amizade transformadora. 


Como já disse, os traumas do protagonista nasceram de uma violência no âmbito familiar. E isso é muito bem desenvolvido em imagem, não há uma conversa esclarecedora, não há um retorno, nada disso. As lembranças do menino ferido surgem em momentos específicos na mente do homem que se esconde na caixa apertada. E a liberação dessa dor vai acompanhando a evolução da caixa - que continua apertada. 

Para os críticos o melhor momento é sua primeira apresentação fora da embalagem, Para mim não. Confesso que um dos melhores momentos é quando  a caixa se move com o balanço do corpo do Ji Hoon. Outro momento especial é quando ele encontra Nana (Kim Ji-hyun) e juntos fazem uma nova versão da canção de Louis Armstrong. Confesso que quando ela surgiu na tela gelei, afinal, eu já não queria que o filme trouxesse mais nada que não fosse a música e fiquei feliz de realmente não ter romance na narrativa. Sim eu comecei o filme achando que era um romance e depois agradeci por não ser. Coisas de Elisabeth.  Bem, nem tanto. Quando compreendi a essência do filme percebi que não era preciso nenhum dos dois conhecerem o amor de suas vidas e sim, encontrar a si mesmo. 

Min Soo tem um reencontro consigo ao longo da trama e com a retomada de antigos afetos - é por eles que o conhecemos melhor. Ji Hoon também se liberta. E sim, amei a cena de Ji Hoon no acampamento cigano, que é louvada por todos. Ali a transformação se completou como em um parto. Magnífico.

Agora uma coisa deve ficar clara aqui:  Chanyeol Park, como é comum em quase todos os bons atores sul-coreanos, sabe para que serve os olhos em uma filmagem. Ele realmente não precisa de palavras, o rosto dele fala a linguagem universal. Fiquei fã e até descobri que esse ''idol'' foi para o Exército.  Sim, agora vou entrar na fase de descobrir tudo sobre ele. 

Bem, fica aqui minhas considerações nada técnicas sobre ''The Box''. Assistam

sábado, dezembro 25, 2021

Feliz Natal

  


Natal Eterno

Mário Barreto França  
NATAL ETERNO

Na manjedoura – de olhos serenos
e riso franco para os pequenos
que o foram ver –
revela aos povos o Deus-Menino
toda a grandeza do amor divino
que o fez nascer.

Diante de um quadro tão meigo e belo,
todo o Universo fez-se singelo
para exaltar
essa promessa que se cumpria
no humilde berço da Estrebaria:
Deus se encarnar...

Magos, pastores, pobres, ricaços,
todos apressam, sorrindo, os passos
para depor,
aos pés humildes de uma criança,
a doce oferta de uma esperança
no eterno Amor.

O céu se enfeita de luz e de ouro
e as harmonias de anjos em coro
prometem paz
à terra cheia de desengano,
cujas pelejas, ano após ano,
não findam mais...

Noite de festa, sagrada e boa,
mostras ainda a cada pessoa
que faz o bem
a luz excelsa daquela estrela
que, para o povo segui-la e vê-la,
foi a Belém.

Mulheres e homens do mundo inteiro,
vinde, acendamos esse luzeiro
espiritual
nos pinheirinhos das nossas vidas,
para ofertá-las a Cristo, unidas,
no seu Natal.

Porque, nas voltas do calendário,
surge o presépio, surge o Calvário
erguendo a cruz,
nesse convite à boa vontade
do amor fecundo da humanidade:
- “Vinde a Jesus” –

in O Louvor dos Humildes (1953)
Fonte 

terça-feira, novembro 30, 2021

Receita nova - Cuscuz de arroz com coco e castanha

 Cuscuz de arroz com coco e castanha

Foto de Jane Uchôa, da Empresa Let´s Click

Faz tempo que não venho aqui... Desde que titia adoeceu e meu cunhado foi internado que tenho evitado entrar. Eles partiram, com dois dias de diferença. fiquei para baixo e como não costumo reagir bem ao luto, ando desligada. Hoje porém resolvi experimentar o Floco de Arroz da @Kimilho e trago a receita. Espero que curtam.

Receita de Cuscuz



2 xícaras de Flocão de Arroz, (Kimilho)

1/2 xícara de água mineral ou filtrada 

1/2 xícara de água de coco fresco

sal a gosto

Misture tudo.

Deixe na geladeira por 10 minutos


Acrescente

4 colheres de castanha quebradinha

150 g de coco fresco ralado e leve ao fogo, na cuscuzeira por 20 minutos.

deixe descansar por 5 minutos.

Sirva.


sábado, novembro 27, 2021

Pizza de Tapioca - receita sem foto

oi, Jane tem alergia/intolerância ao glúten e assim, como temos uma dieta de baixa calorias, sou obrigada a recriar receitas originais porque, convenhamos, as dicas de culinária não são tão agradáveis para quem não consome sal, açúcar, lactose e glúten. Por isso mesmo nossas receitas são um pouco fora do eixo comum.

E com a Pandemia fica mais difícil seguir dietas porque só a Jane sai para as compras e não posso escolher os ingredientes na feira e mercado. Sim, durante a crise do Covid só sai algumas vezes para o médico, vacinas e uma única vez para o Evento da Frida Kalo  e esse era muito restrito, uma família por vez para assistir a exposição... E como não comemos na rua porque usamos máscara, até o lanche tem que ser o de vasa. E foi assim que comecei a fazer Pizza sem glúten.

Segue a receita e se fizer, me marque no facebook ou instagram.


Pizza sem glúten 

Tapioca

Fermento 

Ovo


Misture bem.

Leve ao fogo em uma frigideira antiaderente e deixe assar em fogo baixo.


Coloque o recheio

Deixe pegar gosto/gratinar

Sirva.



opção de recheio leve
Recheio


mozarela de búfala sem lactose
manjericão
tomate seco
azeite


quarta-feira, agosto 25, 2021

Estou de dieta de novo...

 Vocês sabem que luto com a balança desde os catorze anos.

Agora estou de novo em realinhamento alimentar. Minha dieta restritiva já vinha desde 2011, depois que passei por uma reeducação alimentar. Segui com cuidado minha nova meta, mas há alguns elementos que eram permitidos: chocolate, bolos e pães, além de macarrão de legumes, arroz integral e feijão. Agora vou ter que eliminar esses itens e está sendo fácil - desde que não pensemos em chocolate, claro.

Hoje tirei uma foto com meu tempo de caminhada, atividade que reiniciei há 46 dias. Seis quilos já partiram.

Não esqueçam: Meu tempo tende a ser menor porque, como vocês sabem, uso muletas para andar. 

Espero que isso justifique temporariamente minha ausência.

Fui.







quarta-feira, julho 07, 2021

Então vamos de indicações e de Análises e coloquemos nossas leituras em dia

 Olá! 



A nova rodada do Desafio de Literatura do site Entrecontos está a todo vapor e você pode Ler, comentar, elogiar e dar uma de fã odioso também (hater) porque lá pode tudo! 

E como quis ler vou colocar alguns aqui para vocês acompanharem.
Começo por Diversão, com o autor ainda incógnito sode codinome Espinafre. O texto é uma delícia de retorno à infância a quase todo leitor de trinta anos ou mais. 

As informações sobre o ambiente são bem geniais e aproximam o leitor do Conto. O fim abrupto deixa em aberto todas as possibilidades que levaram à mãe  a errar na atividade cotidiana.
Passa lá, lê e nos conta aula sua recepção à leitura. Principalmente se você for menor de trinta. hehehe,

Ok, você pode dizer que estou zoando o coreto, mas sim, há brincadeiras que não fazem mais sentidos para os mais jovens por mais que elas sejam divertidas e relaxantes. 

Tapete mágico, por exemplo, se você utilizar um buscador da web não vai encontrar os meninos se arrastando pelas salas com os tapetes (cobertas, lençóis, flanela do irmão menor, toalha da mesa). porque sim, a brincadeira se chama Tapete Mágico mas todos utilizavam o que deslizasse melhor pelo vermelha ou taco da casa. 

Abraços, beijos.  Boa leitura e tchau! 

Por Elisabeth Lorena Alves

quarta-feira, junho 30, 2021

Letras com aroma de Café, de Esperanza Benayas

 Literatura Espanhola Contemporânea

Adquira em Amazon

Li um dos textos do livro "Letras com aroma de Café", primeiro, em uma das ofertas  na Amazon. Espanhol não é ainda minha segunda língua, entretanto, o texto que li me encantou. 

Afinal, Café, leitura e um bom papo me encantam e foi assim que fiquei:  encantada. A autora, Esperanza Beenayas sabe como falar com nossa sensibilidade. Sua escrita é breve e despretensiosa, muito parecida com a escritora brasileira Astrid Cabral. Ela escreve como quem fala com o leitor, sem realmente estar falando diretamente com ele. Uma maravilhosa autora. Um maravilhoso livro!



Tradução

Primero leí uno de los textos del libro. En una de las ofertas  en Amazon. El español aún no es mi segundo idioma, sin embargo, el texto que leí me encantó. El café, la lectura y una buena charla me encantan y así me encantó. El autor sabe hablar con nuestra sensibilidad. Su escritura es breve y sin pretensiones, muy parecida a la de la escritora brasileña Astrid Cabral. Escribe como si hablara con el lector, sin realmente hablarle directamente. Un autor maravilloso.

segunda-feira, junho 21, 2021

Retorno de Resenhas em Conto - Thiago Costa

 Quando há retorno...

Ler um texto, como leitor e não como profissional da Literatura é uma tarefa difícil para alguns. Para mim uma leitura só é aproveitada se conseguir captar o texto sem teoria imediata. E, acredito que seja por isso que algumas de minhas resenhas em Concursos Literários sejam tão densas. Minhas primeiras percepções são sempre leves, de intertextualidades imediatas.
Entretanto, minha segunda leitura, já analítica, segue um padrão investigativo que acompanha minhas primeiras impressões e suas imediatas conexões com outros textos e, obviamente, as teorias. Aqui segue outro diferencial. Procuro escapas da Academia nesse processo.

Alguns de meus trabalhos são mais próximos, teoricamente, do que o autor utilizou na sua produção do que exatamente o que se espera de uma Análise Literária padrão. Consequentemente o resultado é outro. Muitas vezes muito mais denso do que se espera de uma professora de Literatura convencional. Mas, quem me conhece sabe que convencional mesmo é só meu nome, que amo. Minhas práticas de leitura, ensino e análise são todas padronizadas em minha obsessão em ser melhor para mim mesma. Sim, analiso procurando competir comigo mesma, só assim minha investigação se aprimora.

Esperando que resultados? — alguns interpelarão. Esperando meu melhor. Sempre.

E quando você compromete tempo e esforço em um texto e recebe um retorno magnífico, então, a compensação é dupla. E essa edição do Concurso Literário do Entrecontos foi uma experiência frutífera. Tudo bem que meus prediletos não ganharam os três primeiros postos e, um conseguiu a 14ª posição — fato com o que não me conformo. Mas, fora isso, tive experiências maravilhosas e retornos grandiosos. E vou postar ao longo da semana aqui o retorno e, futuramente, três de minhas melhores análises. Quem quiser ler todas é só seguir o enlace do Desafio e ler todos por lá.


Minha primeira manifestação é sobre o retorno obtido através das redes sociais do escritor Thiago Castro, autor do Conto "Manuscritos de um Motorista de Aplicativo". Participando com o pseudônimo Abel Linklater, Thiago postou nos grupos do Desafio e no próprio site do Entrecontos seu agradecimento por meu comentário em seu conto. 

Autor de livros diversos, que você pode encontrar contatando o autor diretamente por aqui, Thiago tem boas participações e desta vez é o Campeão. Você pode contatar seu perfil biográfico e obras aqui.





quarta-feira, junho 16, 2021

Não se iluda, a Empresa é amiga do lucro e não da Natureza.


 Sabe uma atitude que me irrita?
Esta mania que o povo tem de espalhar a ideia de  "Consumidor consciente" e ao mesmo tempo fala que sou velha porque reclamo que um fogão durou 4 anos.
Se o bendito do fogão não durou uns 50 anos, a empresa que o vendeu não é uma empresa consciente. Ela trabalha coma  possibilidade de ter um cliente permanente!
Porque estou falando isso agora?

É porque meu celular quebrou.

A bateria inchou e estourou a tampa traseira e eu reclamei, claro!

Reclamo até se durmo bem, não reclamaria disso?
Pois bem.
Uma colega disse que um celular com 2 anos de uso é velho e que sim, deve ser substituído sem choradeira.
— Vocês velhos, disse a adolescente de 40 anos, reclamam de tudo. Queria que durasse 10 anos?
— Sim, eu queria.
Então, ela sugeriu que eu comprasse um aparelho da Samsung que é uma empresa comprometida com o meio ambiente.
Aí sim me irritei. Meu celular é dessa marca.
E eu fico me perguntando: "Uma pessoa dessa é realmente inteligente? Porque um produto que dura só 1 ano não é um produto "amigo da natureza".

Produto amigo da natureza é o Fusca, que meu vizinho tinha um que comprou no dia que eu nasci e que ainda está inteiro, só mudou de dono. Amigo da natureza era o liquidificador Arno, da minha tia, que cortava até carne sem fazer barulho estranho e expelir cheiro de queimado.
Sabe que essa #Hipocrisia de onda Ecológica seguida por empresas é a coisa mais idiota que eu já vi? Não combina essa ideia com venda! Só "cola" com gente besta mesmo!
Se a cama não dura 20 anos, a empresa não é ecológica. Se o produto gera lixo eletrônico extra, não é amigo de ninguém - só do dono porque faz ele lucrar!

Aqui em casa em menos de 10 anos já estamos na terceira máquina de lavar roupa!
E a máquina da minha segunda mãe adotiva foi "aposentada" sendo doada para uma família pobre. Ela aguentava era 3 cobertores dos antigos, sabe Parahyba? Escocês? Daqueles mesmo! Aguentava 3 de uma vez. As de hoje lavam 1 edredom descartável por vez.
Ah, por que sim, os cobertores foram substituídos por umas coisas melequentas chamadas edredons que esburacam o miolo antes do primeiro ano e se você não jogar fora, aquelas coisas que eles dizem ser manta, sufocam a lavadora e matam as pobres com meses de uso.
E nem vou falar dos fogões! Aqueles que você colocava no quintal, na sexta-feira e metia água nele, de mangueira e ele ficava novo em folha!
Pronto. Falei!

sábado, junho 12, 2021

Dona Eulina, Tiba de conserva, Overnight Oats e saudades

 Quando nós éramos crianças lá na Rua Doutor Pedro Batista, no Bairro de Guaianases, São Paulo, nossa avó, Dona Eulina fazia uma sobremesa de amanhecer com coalhada, aveia, mel, amora do pé do vizinho, morangos silvestres e frutas secas. Outras vezes ela fazia de maçã, mel, banana e coco crespo com açúcar do norte (mascavo). Ela tinha várias receitas. A de figo era divina!

Eu jurava que aquele "mingau" era cozido de tão gostoso que era.
Era nossa felicidade o tempo de amora e de uva japonesa, colhíamos muitas para a vó fazer "sobremesa de amanhecer".
Na nossa casa não tinha geladeira. Quer dizer, na nossa vila a primeira pessoa que teve uma foi minha tia Wanda.
Para fazer a nossa sobremesa matinal a vó colocava elas em uma bacia e protegia com água filtrada. Era uma espécie de geladeira de barro. Dava muito certo.
Aquilo amanhecia um mingau delicioso. E de manhã ela despejava morango ou banana em calda em cima e dava para todos os netos.
Ela dizia que era porque alimentava nossa travessura. "Menino gasta muito do corpo, precisa de mais energia".
Esse mês descobri que minha avó sabia fazer #OvernightOats.
Minha avó era "Nutri" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E porque estou falando disso agora?
Porque entrou na dieta do sobrinho aqui.
Ontem à noite fiz para o Eddye e eu e Jane Uchôa experimentamos.
Gente, sabe quando você vive de novo a infância?
E olha que nem tinha mel e amora!
Como não tinha coalhada em casa, fiz com leite mesmo.
E mesmo assim, meu deu uma saudade do colo da vó!
Deu vontade de pegar o pente ir pedir para ela pentear meus cabelos e fazer trança.
PS>
1 - Foto meramente ilustrativa. Depois coloco uma minha aqui, afinal, amanhã Jane vai fotografar mesmo a #overnightOats dela!

2 - Tiba de conservar - Era um corpo de filtro de barro com a boca bem larga, como se fosse uma bacia, ali a vó colocava tudo o que queria conservar fresco. Amanhecia bem frio.

3 - Sobremesa de amanhecer - porque era dormida. na minha inocência eu achava que era porque nós comíamos de manhã.


sábado, junho 05, 2021

Literatura Angolana - Adélio Nunda - "Cabrito morre onde está amarrado"

 


Compartilhado com PúblicAdélio
Adélio Nunda e a Poesia Angolana

A Literatura Angolana hoje tem uma diversidade de representantes e sua voz se faz ouvir nos quatro cantos da Terra. Com o advento da internet a Arte tem ganhado muito. Bons escritores, pintores, atores e outros artistas que levariam anos para chegar até nós, são trazidos à luz pelas diversas redes sociais que existem. Adélio conheci no Grupo "É sobre nós" que trata da Arte Angolana, principalmente feita pelos negros. Os textos ali são divinos e foi através desses que ampliei meu conhecimento sobre o fazer literário africano.
Adélio Nunda é dessas pessoas discretíssimas com sua vida particular, fato que dificulta fazer uma biografia para apresentá-lo aqui, entretanto, sua escrita fala melhor dele do que eu poderia fazer.
Escolhi uma que serve perfeitamente para nosso povo porque como o angolano, nós brasileiros conhecemos bem a Corrupção. Infelizmente. Boa Leitura e até outro dia.
Abraços
Por:

Elisabeth Lorena Alves



"Cabrito morre onde está amarrado"
Autor: Adélio Nunda
#LiteraturaAngolana

"O impacto da corrupção
Viralizou o anti-discurso
Que desfalece a nação
As ovelhas buscam sem verdade
A ignorância de abençoar, um deus em cada #eleição.
Então, cadê os prevaricadores da nação?
Para nós armas e para eles pão?
E nos apresentam um país que nem capim germina!
Seca no Cunene e gado sem vitamina!
Enquanto um cabrito come onde está amarrado sobre facturas da nação
Outro cabrito morre onde está amarrado, na cama de um hospital ou na prisão!"
(...)
#poesiafeitanoluar
#ésobrenós


Sobre o autor você pode ver no Instagram e no Facebook.

quarta-feira, junho 02, 2021

Mães Narcisista e o Monopólio de Sentimento

 Atitude narcisista

Mães narcisistas exigem de seus filhos-vítimas o monopólio de sentimentos.
Ensinam que só elas são de confiança: pais, tios, avó e avô, irmãos, professores e médicos são inimigos.
Essa construção até o adolescer é quase sempre silenciosa, daí a dificuldade de declarar alienação parental e violência contra a criança, já que o que elas atacam é o psicológico e nos primeiros anos a criança não percebe nada. Ele apreende a sensação de insegurança frente aos outros e só confia na mãe ou no responsável narcisista.
Quando a criança entra na idade de ampliar relacionamentos ela o faz sem confiar. Tem um pé atrás. É exímio em ouvir e entender - porque foi condicionada à isso, mas não fala de si.
A carência que tem principalmente da figura narcisista é o seu inconsciente informando a natureza de sua condição de vítima da violência psicológica.
O filho-vítima sabe que nada que faça vai agradar plenamente o responsável narcisista e a cobrança pode ser direta e violenta - o que apressa na criança a descoberta de sua condição, ou pode ser uma cobrança disfarçada de preocupação ou qualquer outra espécie de atitude.
As atitudes sutis não são perceptíveis aos que estão de fora quando não observadas propositalmente.
Nossas crianças estão adoecidas e assim continuarão porque não treinamos nossos olhos para vermos a forma que os adultos criam esses pequenos.
Abominamos a violência física, mas fechamos os olhos para a violação psicológica, afirmando que cada mãe/pai sabe o que é melhor para seu filho.
Há diferença entre se intrometer na criação que o outro exerce e em aceitar violência psicológica...
Muita gente que crítica um tapa elogia mãe narcisista e a protege...


Em Tempo
Não sou psicóloga ou algo do gênero.
As minhas falas sobre Relacionamentos Narcisistas se baseiam em minha própria experiência como filha de Mãe Narcisista e professora.

domingo, maio 30, 2021

Aventura na História, Julie d''Aubny e suas aventuras entre os espadachins e cantores de ópera

 

A história que vou contar para você hoje é de uma mulher muito diferente. Julie d''Aubny (1670/1707), que era conhecida pela alcunha La Maupin ou ainda Mademoiselle Maupin.

O texto que trago é traduzido da Página de Curiosidades La Pedra de Sisifo, que sigo por causa de minhas aulas de Espanhol.

E a história de La Maupin mostra que mesmo quando alguém pode ser contado entre os patifes e canalhas do mundo, se for mulher, tende a ser esquecida - seja pela ideia do patriarcado, seja pelas próprias mulheres que gostam de manter sua imagem de doçura e bondade. 

La Maupin é contada entre os que tendo um dom natural, procura fazer de sua vida algo diferente do que se espera. Então, segue a narrativa como está registrada na Pedra de Sísifo, em reportagem do professor de Literatura, Alejandro Gamero


"A história de patifes e canalhas está cheia de nomes masculinos, mas esta é apenas mais uma das injustiças de uma visão desordenadamente patriarcal. A vergonha e a vileza não são domínio exclusivo dos homens. Um dos capítulos mais desonestos do livro da infâmia é o estrelado por Julie d'Aubigny, mais conhecida como La Maupin, espadachim, cantora de ópera e a celebridade bissexual mais famosa da França do século XVII Sua vida foi um turbilhão de duelos, seduções, roubos de túmulos e queima de conventos, tão intensos que ela teve que ser perdoada pelo rei da França duas vezes.

Dedicado à esgrima, seu pai se encarregou de treinar os pajens de Luís XIV, o que explica por que a pequena Julie logo aprendeu a manejar a espada. Isso, combinado com seu gosto por visitar antros de jogos, tabernas, bordéis e todos os tipos de círculos esquálidos, explica a educação duvidosa que La Maupin recebeu desde jovem. Ela logo estava deixando a casa da família, tomando um espadachim por amante e vagando sem rumo pela França.

A partir desse momento, passou a ganhar a vida cantando e fazendo demonstrações de espada, geralmente vestida de homem, estilo que manteria por toda a vida. Ela era tão habilidosa com a espada, mais do que seu amante, que o público frequentemente se convencia de que ela realmente era um homem. 

Na verdade, em uma ocasião, quando um espectador bêbado declarou que ela era na verdade um homem, ela arrancou a camisa, deixando claro que o beberrão estava errado.

Se La Maupin tinha um defeito acima dos outros, era uma alergia ao tédio. Na verdade, ela logo deixou seu amante espadachim, declarou-se cansada dos homens em geral e seduziu a filha de um comerciante local. 
O comerciante, desesperado para separar o casal, mandou sua filha para um convento, mas novamente, nossa heroína encontrou uma saída. La Maupin ingressou no convento e assim pôde continuar o relacionamento na casa de Deus. 
Tempos depois, uma freira idosa morreu e La Maupin reagiu como qualquer um teria feito: ela desenterrou o corpo da freira, colocou-o no quarto do amante e colocou fogo no convento. As duas fugiram aproveitando a confusão, embora depois de três meses, La Maupin tenha se entediado e deixado sua namorada na casa de seus pais. Esse crime rendeu-lhe sua primeira sentença de morte, embora La Maupin tenha feito uso de sua influência e conseguido que Luís XIV revogasse a sentença. Nessa época ela ainda não tinha vinte anos.

La Maupin mudou-se para Paris e tentou começar uma nova vida, tornando-se cantora de ópera  - que era a versão do século XVII de uma estrela do rock. 

Praticando sexo ou lutando corpo a corpo de forma alternativa, La Maupin conseguiu se firmar no palco do momento. Houve muitas anedotas sobre  ela  naquela época de sua vida. Em uma ocasião, ela descobriu que outro cantor de ópera, Dumenil, a estava criticando e ela o desafiou para um duelo. Como ele se recusou, ela o atingiu com uma bengala e roubou sua caixa de rapé e relógio. No dia seguinte, ela encontrou Dumenil reclamando que havia sido atacado por uma gangue de ladrões e ela, depois de chamá-lo de mentiroso, jogou a caixa de rapé e o relógio nele. 
Outra noite, enquanto ela estava em uma festa, um homem chamado d'Albert começou a flertar com ela e tudo terminou em um duelo no qual La Maupin enfrentou ele e dois de seus amigos. No final, o homem acabou no hospital, mesmo assim, o episódio acabou por dar  início de uma amizade duradoura entre ambos. D'alberte era nada menos que Louis-Joseph d'Albert Luynes, filho do duque de Luynes. 

Em outro momento, ela compareceu a um baile real vestida de homem e passou a maior parte da noite cortejando uma jovem, provocando a ira de três de seus pretendentes. Quando La Maupin beijou a jovem bem à vista, os três a desafiaram para um duelo. Ela lutou com todos ao mesmo tempo e venceu. 
Segundo alguns relatos, no final ela os matou, embora esse confronto tenha entretido Luís XIV, tanto que ele decidiu perdoá-la por qualquer punição. Apesar disso, as leis contra o duelo eram cada vez mais severas e, embora o rei a tivesse perdoado, Maupin pensou que era o caso de se refugiar em Bruxelas até que as águas se acalmassem, onde, claro, ela continuou sua vida de infâmia.

Cinco ou seis anos depois de seu exílio, tendo há muito já retornado à Paris, ela morreu de causas desconhecidas. Ela tinha 37 anos. Como costuma acontecer nesses casos, sua morte deu lugar a todo tipo de conjecturas e La Maupin se tornou uma espécie de lenda. Foi dito, embora não se saiba ao certo, que nos últimos anos de vida ela viveu em paz, que os passou casada e que até deu uma guinada religiosa na vida e voltou a um convento. Em todo caso, ela é uma figura não suficientemente conhecida ou lembrada, provavelmente por ser mulher e, portanto, vale a pena reivindicá-la."

E por hoje é só
Boa semana.

sexta-feira, maio 28, 2021

Mais sobre Mim, dona Eulina e as fofocas.

 Mais de #DonaEulina e #SobreMim

Tem uma pergunta rondando por aí sobre "qual seria seu nome se fosse o mesmo de sua vó preferida".
Pois bem.
Eu me chamaria #Eulina. E gostaria muito.
A minha avó Eulina era uma mulher maravilhosa e livre, nunca deixava ninguém atrapalhar seus passos. E ainda assim manteve um casamento de 50 anos.
Sua força nunca a impediu de ter fé. E sua fé nunca a impediu de fazer o que achava certo, mesmo que esse certo fosse totalmente contra a ideia geral.
Ajudava o próximo, fosse ele um crente ou um ateu, uma mulher casada ou largada, uma jovem solitária ou uma prostituta.
Passávamos pela rua das "primas" e elas a saudavam sorridentes e com respeito.
Vi muita gente virar o rosto para elas, minha avó, não. E vi minha vó oferecer comidas e chás para as doentes. Nunca as tratou com desdém e, embora falasse de Jesus, nunca deixou de falar com elas ou com qualquer um por não aderia à nossa religião.
Foram esses exemplos que me fizeram ir para o trabalho social anos depois. Nunca perguntei qual o papel social de nenhuma das pessoas que atendi nas igrejas, associações e prefeituras que trabalhei. E isso devo à minha avó-mãe Eulina.
Lembro que para desespero geral, o melhor amigo da minha avó era o jovem Bil. Ele devia ter uns 40 anos, tendo portanto metade da idade de meus avós.
E ele era Se-pa-ra-do. pior! Desquitou-se sendo amigos de nossa família. gente muito mais nova deixou de falar com ele e até trocava de calçada quando o via vindo. O pobre ainda ficou desempregado!
Alguém foi lá contar para vovó e ela: "Que? Pensei que você ia ajudar! Veio aqui fazer o quê?
A pessoa perdeu o rumo e foi sem dar o recado do Cão.
O rapaz estava no quintal com o meu vô e viu quem tinha saído, subiu triste e minha avó, que era sapeca na sabedoria, saiu com essa:
"Essa diaba veio aqui fazer troça. Sei nem que queria, mas despachei logo, para não contaminar minha casa."
Eu era nova, não entendi nem a visita e nem a fala na hora.
Só dias depois alguém da família que achava a vó muito "crente moderna" abriu a boca e fez a crítica completa, obviamente pelas costas dela. E quando eu repeti a frase, a pessoa disse que a "mensageira" tinha boa intenção e que gente como Bill não era de confiança.
Eu nem liguei porque já sabia que o lugar das pessoas "de boa intenção" era o inferno - afinal, minha avó falava isso e o que ela falava para mim, era lei.

IP Casa de Oração - Rua Moreira Neto, 283 - Guaianases - São Paulo

Agregadores

Medite!

Gióa Júnior