quinta-feira, novembro 30, 2006

Que tal umas carinhas sem maquiagem?

Ouça: Bizarre Love Triangle - New Order (Ouça aqui e veja a letra aqui)







A falta que ela me faz
29/11/06
http://www.sindromedeestocolmo.com/
Esta tudo lá, de uma olhadinha e depois comente...

Outro dia akguém me disse que a beleza exterior é a chave de tudo.Claro que fiquei calada, mas vendo o blog da Denise encarei estas personas com as caras sem maquiagem, tive que copiar...

Segua o texto da Denise...

Eu acho essas fotos de celebridades sem maquiagem muito educativas. Não é nem que eu ache que elas são feias, ao natural, muito pelo contrário, acho a Jennifer Lopez bem bonita. Mas é bom pra gente se lembrar que mesmo com suas fortunas em cremes de caviar e peelings de maçã, elas ainda são como todo mundo, com espinhas, manchas, nariz vermelho, pele oleosa, o segredo é a foundation e um bom Photoshop :-)
Engraçado é Ted vendo essas revistas, ele fica perplexo, disse que nunca tinha imaginado que uma mulher pudesse ficar tão diferente com uns quilinhos de make-up.
Fotos da revista Star dessa semana.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Comente .
Elis

A gente se fala depois...

sábado, novembro 04, 2006

Meus amigos...
( http://www.revista.agulha.nom.br/vm4.html#procura )
Tenho andado tão distante, mas não esqueci de nenhum de vocês...

Leiam e divirtam - se...


Vinicius de Moraes

Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.


Espero que gostem...
Elisabeth Lorena

Saudades...

Parece que eu sabia que sumiria, abandonei vocês com um monte de músicas...
Ainda não voltei de vez...
Mas volto em breve...

Para o Manoel Carlos, do http://agrestino.blogspot.com/2005/05/httpwww.html#comments
Mando um poema do Fernando Pessoa http://www.insite.com.br/art/pessoa/misc/fotos.html
e http://www.insite.com.br/art/pessoa/misc/fotos.html

Eis aí Manoel...

VENDAVAL
Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,
Não achas, soprando por tanta solidão,
Deserto, penhasco, coval mais vazio
Que o meu coração!

Indômita praia, que a raiva do oceano
Faz louco lugar, caverna sem fim,
Não são tão deixados do alegre e do humano
Como a alma que há em mim!

Mas dura planície, praia atra em fereza,
Só têm a tristeza que a gente lhes vê
E nisto que em mim é vácuo e tristeza
É o visto o que vê.

Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles - teu pulso divida
Minh'alma do mundo!

Ah, se, como levas as folhas e a areia,
A alma que tenho pudesses levar -
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia
De eu ter que pensar!

Abismo da noite, da chuva, do vento,
Mar torvo do caos que parece volver -
Porque é que não entras no meu pensamento
Para ele morrer?

Horror de ser sempre com vida a consciência!
Horror de sentir a alma sempre a pensar!
Arranca-me, é vento; do chão da existência,
De ser um lugar!

E, pela alta noite que fazes mais'scura,
Pelo caos furioso que crias no mundo,
Dissolve em areia esta minha amargura,
Meu tédio profundo.

E contra as vidraças dos que há que têm lares,
Telhados daqueles que têm razão,
Atira, já pária desfeito dos ares,
O meu coração!

Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada!


Fernando Pessoa, 16-2-1920.

IP Casa de Oração - Rua Moreira Neto, 283 - Guaianases - São Paulo

Agregadores

Medite!

Gióa Júnior