sábado, fevereiro 22, 2020

Uma tentativa de homicídio em massa versus imprensa livre de qualquer noção de dignidade

Uma tentativa de homicídio em massa versus imprensa livre de qualquer  noção de dignidade
Por Elisabeth Lorena Alves

Um senador,  em desvio de função,  bancando o Coronel-mor, ARMADO  com  uma retroescavadeira, invade uma assembleia grevista de policiais e sai de lá baleado não sofreu uma tentativa de homicídio. Foi parado.
A Polícia exerceu seu dever de impedir um ataque grave com um ato de contenção.
Agora, se os cearenses, alguns brasileiros insanos e os jornalistas vão exigir a extinção de quem efetuou os disparos na base de ATAQUE e não de defesa e as pessoas aceitarem como verdade, direi:
O Ceará está perdido com uma polícia que não sabe atirar para matar.
- Ah, Elisabeth,  a Polícia não deveria fazer greve! - dirão alguns.
Sabe que concordo com você?
Concordo que não deveriam fazer greve já que seus equipamentos de trabalho dão realmente segurança para eles.
Concordo que não deveriam fazer greve já que  o Salário deles é muito alto e supre todas suas necessidades.
Concordo que não deveriam fazer greve já que eles não precisam fazer trabalho de segurança para complementar sua renda e viver com um mínimo de dignidade.
Concordo que não deveriam fazer greve já que seus uniformes são trocados semestralmente.
Concordo que não deveriam fazer greve já que eles não precisam reformar as viaturas com o dinheiro do próprio bolso.
Concordo que não deveriam fazer greve já que são vistos e respeitados como heróis pela população.
Concordo que não deveriam fazer greve já que têm o apoio e o respeito da Imprensa Brasileira.
Concordo que não deveriam fazer greve já que os Direitos Humanos os protegem.
Concordo que não deveriam fazer greve já que quando estão em ação não têm a população,  imprensa e direitos humanos filmando tudo de forma a manipular o fato e vender a história como mais um desacerto policial.
É! Nossos Policiais não deveriam fazer greve. Deveriam trabalhar por amor, como nós PROFESSORES.  Afinal, ser policial é uma missão,  não é?
E nem vou falar sobre perder os direitos quando morre fora do horário de serviço, mesmo que em função dele.
Não vou falar do descaso dos sobreviventes que não poderão voltar a ativa e terão que bancar sua reabilitação.
Não vou falar dos descasos com os órfãos e viúvas.
Não vou falar de mães e pais “desfilhiados”.
Não vou falar do descaso da Justiça que solta praticamente de forma automática os bandidos presos por estes bravos homens fardados.
Entenda uma coisa: trabalhar sob pressão estressa, deprime e mata.
Eu odeio estes comentadores de polícia que não conhecem o lado de dentro e saem por aí vomitando opinião manipulada. Bando de gente rasa!

Elisabeth Alves do Nascimento
Professora e Ex-Agente de Segurança Comunitária

IP Casa de Oração - Rua Moreira Neto, 283 - Guaianases - São Paulo

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