Olá! Já contei por aí que há muitos anos resolvi meu problema de receber presentes. Cansei de esperar os outros lembrarem de meu aniversário. De verdade, só a minha irmã Ivette e meu amigo Eliezer Costa - carioca e que mora no Rio de Janeiro a vida toda - lembravam meu aniversário e me presenteava. Ela com bolo feito em casa e delicioso, ele com artesanato, toalhas, cartões e cartinhas. Então um dia, aos vinte anos, bate o pé e resolvi isso.
Sou sincera, dou a cara sem cera nenhuma para ser estapeada por quem acha que pode me bater: Eu me dou presentes. E sigo passos:
- Procuro um fornecedor de confiança e contrato o trabalho.
- Pago o serviço.
- Crio as frases que quero no cartão.
- Exijo uma letra bonita. (hehehe)
- Marco o dia.
- Recebo como se não soubesse quem me presenteou. - Não, eu não invento nenhuma mentira para justificar. Digo apenas que recebi de alguém que deve me amar muito.
- Curto meu presente bem feliz.
Sim, as pessoas estranhavam quando descobriam que o presente que chegou para mim na sala de professores ou no escritório político em que trabalhava eram obras de minhas escolhas e resultado de meu suor. E sim, algumas achavam loucura ou falta de amor. Eu sempre respondia que na verdade é a melhor prova de amor que posso dar a mim mesma. Porque eu recebo o que quero, sem reclamar de ninguém.