Sobre o filme The Box - Coreia, 2020 - filme que assisti esse filme aqui.
Esse é o primeiro Natal sem minha tia Wanda, não que ela comemorasse essas datas, mas ainda assim antes ela estava para nos dar um presente e uma bronca envolvida em carinho. E nesses dias que antecede o Ano Novo, aniversário de morte de minha ''avómãe'' Dona Eulina, fico nostálgica. E esse ano, dado a informação inicial desse texto, estou muito sentida com tudo, assim, estou indo pela internet atrás do que assisti e esbarrei em ''The Box'', sob direção de Yang Jung Woong. O filme estrelado pelo sul-coreano estrelado pelo Park Chanyeol, pessoa que eu desconhecia a existência, aborda a história de um músico que não consegue cantar em público. Para resolver o problema seu produtor resolve colocá-lo em uma caixa. Mas essa informação qualquer um consegue em uma leitura rápida da sinopse.
Para mim a questão mais marcante é o que faz esse músico apaixonado não gostar de público: Violência doméstica. Está lá bem guardada na memória do homem que foge do mundo mesmo tendo um talento grandioso. Park Chanyeol se doa totalmente ao personagem, cresce e melhora com a amizade do produtor, Min Soo, lindamente interpretado por Jo Dalhwan. Cada um por seu motivo tem sua própria caixa e ambos estão tentando sair dela. Os dois são pessoas diferentes, mas um encontro inusitado inicia a transformação de ambos. Durante o filme vemos o quanto cada um cresce e como o acordo comercial se transforma em uma amizade transformadora.
Como já disse, os traumas do protagonista nasceram de uma violência no âmbito familiar. E isso é muito bem desenvolvido em imagem, não há uma conversa esclarecedora, não há um retorno, nada disso. As lembranças do menino ferido surgem em momentos específicos na mente do homem que se esconde na caixa apertada. E a liberação dessa dor vai acompanhando a evolução da caixa - que continua apertada.
Para os críticos o melhor momento é sua primeira apresentação fora da embalagem, Para mim não. Confesso que um dos melhores momentos é quando a caixa se move com o balanço do corpo do Ji Hoon. Outro momento especial é quando ele encontra Nana (Kim Ji-hyun) e juntos fazem uma nova versão da canção de Louis Armstrong. Confesso que quando ela surgiu na tela gelei, afinal, eu já não queria que o filme trouxesse mais nada que não fosse a música e fiquei feliz de realmente não ter romance na narrativa. Sim eu comecei o filme achando que era um romance e depois agradeci por não ser. Coisas de Elisabeth. Bem, nem tanto. Quando compreendi a essência do filme percebi que não era preciso nenhum dos dois conhecerem o amor de suas vidas e sim, encontrar a si mesmo.
Min Soo tem um reencontro consigo ao longo da trama e com a retomada de antigos afetos - é por eles que o conhecemos melhor. Ji Hoon também se liberta. E sim, amei a cena de Ji Hoon no acampamento cigano, que é louvada por todos. Ali a transformação se completou como em um parto. Magnífico.
Agora uma coisa deve ficar clara aqui: Chanyeol Park, como é comum em quase todos os bons atores sul-coreanos, sabe para que serve os olhos em uma filmagem. Ele realmente não precisa de palavras, o rosto dele fala a linguagem universal. Fiquei fã e até descobri que esse ''idol'' foi para o Exército. Sim, agora vou entrar na fase de descobrir tudo sobre ele.
Bem, fica aqui minhas considerações nada técnicas sobre ''The Box''. Assistam
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