terça-feira, março 25, 2014

Amei - Antonio Carlos Lenzi

Poucas pessoas sabem de fato de minha vida privada. Acho engraçado até quando vejo  alguns afirmarem que me conhecem.
E nem sei por qual motivo me tornei este livro aparentemente aberto, mas que não se revela de fato às demais pessoas. Na verdade até desconfio u sei claramente e me engane para que outros de fato não saibam quem sou.
Não é truque ou coisa que o valha, mas sou assim. As pessoas só sabem de mim o que conto, guardo minha vida de forma equilibrada e silenciosa, apesar de falar mais que o ´homem  da cobra´ em dia de venda baixa na Praça da Sé!
Só que hoje, tendo na saudade ecoando ainda a voz de Lionel Richie a afirmar que tenho um anjo, vou falar algo aqui que revela um pouco de mim.
Anos atrás amei alguém. Um ser, de carne e osso e de uma caráter admirável, uma pessoa como poucos. Muito marcado pela vida e que se vingou dela, saindo cedo de seu Palco, para se fazer estrela, ou anjo, na vida daqueles que o amavam.
Antonio Carlos era seu nome, mas a maioria das pessoas o conheciam por Lenzi, que era seu sobrenome e do qual ele tinha muito orgulho.
Confesso que sofri muito quando nos separamos, meses antes de ele partir. Lembro que ele me levou a única foto que tinha... Acho que já sabia que iria embora de vez.
Não gosto muito de falar em público sobre meus sentimentos, acredito que são particulares e me pertencem. Mas quando a saudade aperta, me pergunto se gritar que sou humana me faria bem... Então mudo de opinião e continuo me guardando de todos e transformando minha dor em Poesia.
Falar do Lenzi, de meu Antonio Carlos, é me mostrar ao mundo, é declarar que me deixei enganar por alguém que eu amava, mas que foi o  único que não pude ajudar.
Meu amor por ele se perpetuou e virou saudades, sem nunca ter sido de fato, a nossa vida nos separou, meus sonhos e meus objetivos, mesmo que me parecessem tão nobres na época. Poucos sabem, mas quando ele se despediu de mim, dizendo que nos veríamos logo, abracei minha causa – na época eu cuidava de pessoas doentes, em fase terminal – segui meu caminho. E não sabia que ele estava precisando tanto de mim...Precisando, mas não era de assumir isto, se sentia independente, sempre pronto também para ajudar aos outros.
O homem que eu amava se afastou da vida, que tanto o feriu e se abraçou à Eternidade, hoje ele é minha Estrela, meu Anjo ...
Saudades...


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