José Luís Mendonça
Hoje o papo é rápido e a fonte é o Antonio Miranda.
O tema á Literatura Angolana e o "lupado" de hoje é o escritor, jornalista, licenciado em Direito e teórico literário de Angola, José Luís Mendonça. Com todo o respeito, o bonito aí da foto. Nasceu em 1955, Gulungo Alto–Kwanza Norte, no dia 24 de novembro.
Premiado em diversos nacionais angolanos, tem atividade social junto à UNICEF - Angola. É Membro da União de Escritores Angolanos, faz parte "novíssima geração". Para alguns teóricos da Literatura Lusófona o escritor apresenta em sua produção literária toda a situação histórica levando em consideração as imprecisões do futuro e o enfrentamento com a morte das utopias vanguardistas que formataram sua geração e mais precisamente o decênio 60/70, além de refletir em sua arte o desencanto com a realidade e contemporaneidade.
Um pouco de sua Poesia:
OS BATUQUES OLHAM HÁ SILÊNCIO
Nas pálpebras rotas desta noite
os batuques olham Há silêncio
e infância de um anjo onívoro
Há um rio vertical que nos
demarcou dos mares sem itinerário
E um navio negreiro onde içamos
do fundo do ventre a placenta
dimensão do homem a granel
(in Respirar as Mãos na Pedra, UEA. 1988)
Ode à Goiaba
surgindo como um rio amarelo
o perfume delas
rico de sínteses
das madrugadas encerradas
na penugem dos Katetes.
E o sol também
o sol camarada e operário
doirando a cabeça das árvores
quando os montes além
fecundam as ventanias
no sangue maternal das tardes.
Tudo isso é pouco p'ra caber numa goiaba.
Falta o sonho da palma
da mão
no começo da seca estação.
Há mais sobre ele aqui.
Ficha Completa:
Nome Completo: José Luís Mendonça
Género Literário: Poeta
Profissão: Jornalista, ficcionista
Nascimento: 24 de novembro de 1955, Golungo-Alto, Kwanza Norte, Angola
Licenciado em Direito.
Publica em diversos jornais angolanos, sendo colunista de muitos.
Diretor e Redator Chefe do semanário Cultura- Jornal Angolano de Letras e Artes editado em Luanda Publicou, o seu primeiro livro Chuva Novembrina, em 1981.
Publicações
Chuva Novembrina , edição do INALD, 1981, Luanda.
( Prémio de poesia "Sagrada Esperança")
Gíria de Cacimbo, União de Escritores Angolanos, 1986;
(Prémio Sonangol de Literatura)
Respirar as Mãos na Pedra; União de Escritores Angolanos; 1989,
(Prémio Sonangol de Literatura de 1988)
Quero Acordar a Alva; INALD 1997, (prémio "Sagrada Esperança - 1996"
(ex-aequo com Se a Água Falasse, de João Maimona)
Poemas de amar, 1998
Logaríntimos da alma. 1998
Ngoma do Negro Metal (2000), Edições Chá de Caxinde
Um Canto Para Mussuemba (Abril 2002)
O Reino das Casuarinas (Julho 2014) romance
Luanda Fica Longe e Outras Estórias Austrais (Março 2016)
Angola, Me Diz Ainda (Janeiro 2018)
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