sexta-feira, fevereiro 26, 2021

José Luís Mendonça - Escritor Angolano

 José Luís Mendonça

Hoje o papo é rápido e a fonte é o Antonio Miranda.




O tema á Literatura Angolana e o "lupado" de hoje  é o escritor, jornalista, licenciado em Direito e teórico literário de Angola, José Luís Mendonça. Com todo o respeito, o bonito aí da foto. Nasceu em 1955,  Gulungo Alto–Kwanza Norte, no dia 24 de novembro. 

Premiado em diversos nacionais angolanos, tem atividade social junto à UNICEF - Angola. É Membro da União de Escritores Angolanos, faz parte  "novíssima geração". Para alguns teóricos da Literatura Lusófona o escritor apresenta  em sua produção literária toda a situação histórica levando em consideração  as imprecisões do futuro e o enfrentamento com  a morte das utopias vanguardistas que formataram sua geração e mais precisamente o decênio 60/70, além de refletir em sua arte o   desencanto com a realidade e contemporaneidade.

Um pouco de sua Poesia:

OS BATUQUES OLHAM HÁ SILÊNCIO



Nas pálpebras rotas desta noite
os batuques olham Há silêncio
e infância de um anjo onívoro
Há um rio vertical que nos
demarcou dos mares sem itinerário
E um navio negreiro onde içamos
do fundo do ventre a placenta
dimensão do homem a granel

(in Respirar as Mãos na Pedra, UEA. 1988)



Ode à Goiaba
surgindo como um rio amarelo
o perfume delas
rico de sínteses
das madrugadas encerradas
na penugem dos Katetes.

E o sol também

o sol camarada e operário
doirando a cabeça das árvores
quando os montes além
fecundam as ventanias
no sangue maternal das tardes.

Tudo isso é pouco p'ra caber numa goiaba.

Falta o sonho da palma
da mão
no começo da seca estação.

Há mais sobre ele aqui.

Ficha Completa:

Nome Completo: José Luís Mendonça
Género Literário: Poeta
Profissão: Jornalista, ficcionista
Nascimento: 24 de novembro de 1955, Golungo-Alto, Kwanza Norte, Angola


Licenciado em Direito. 
Publica em diversos jornais angolanos, sendo colunista de muitos.

Diretor e Redator Chefe do semanário Cultura- Jornal Angolano de Letras e Artes editado em Luanda Publicou, o seu primeiro livro Chuva Novembrina, em 1981.



Publicações

Chuva Novembrina , edição do INALD, 1981, Luanda.

( Prémio de poesia "Sagrada Esperança")

Gíria de Cacimbo, União de Escritores Angolanos, 1986;

(Prémio Sonangol de Literatura)

Respirar as Mãos na Pedra; União de Escritores Angolanos; 1989,

(Prémio Sonangol de Literatura de 1988)

Quero Acordar a Alva; INALD 1997, (prémio "Sagrada Esperança - 1996"

(ex-aequo com Se a Água Falasse, de João Maimona)

Poemas de amar, 1998

Logaríntimos da alma. 1998

Ngoma do Negro Metal (2000), Edições Chá de Caxinde

Um Canto Para Mussuemba (Abril 2002)

O Reino das Casuarinas (Julho 2014) romance

Luanda Fica Longe e Outras Estórias Austrais (Março 2016)

Angola, Me Diz Ainda (Janeiro 2018)


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