A
resposta a esta pergunta é sim.
Sim eu parei para pensar o que é
de fato a obra para Deus.
Um Deus maravilhoso que pode contar com
uma pessoa que não é religiosa, não frequenta igrejas, não
participa de nenhum grupo de oração – sob ter formação
católica nem comento porque quase todos os católicos amam também a
Deus. Quanto as tuas outras andanças pelo cenário religioso, a nada
interessa a Deus, nem mesmo se gosta ou não de religião ao longo
do tempo e com a própria religião.
Outra coisa, tu não
esquecestes os ensinamentos bíblicos, guardastes o principal
mandamento de Jesus: Amar ao próximo como a ti mesmo. E fostes
provas disto, pois amou um próximo, mas desconhecido. Alguém
diferente de você, que crê em muito do que tu não acredita, que
tem costumes muito diferentes dos teus, que tem temperamento
diferente do teu e toda uma gama de diferenças que se fosse colocado
na balança por outros, inviabilizaria o seu ideal.
Sete
meses atrás, sai de minha casa, deixei os meus amigos, que sào
minha única família e embarquei rumo ao desconhecido: Manaus. Uma
cidade que admirava e cuja a única coisa que desejava conhecer era
o Teatro Municipal.
Ao embarcar eu também não sabia o que me
aguardava aqui. Para ser sincera, sempre acreditei que me
reabilitaria, mas não completamente – sou sincera. O problema era
mesmo falta de interesse dos grupos de reabilitação de São Paulo,
desde o Hospital, que fez a cirurgia, depois do acidente até o
famoso e ineficiente Programa da Família que levou exatos 3 anos
para me conseguir uma consulta com outro Ortopedista – detalhe a
consulta se daria dia 27 de dezembro de 2011, se eu desistisse da
vinda para o Amazonas.
Do acidente até chegar as muletas, foi um
esforço solitário, mas foi até onde consegui chegar. E, sabia eu,
sem ajuda especializada não teria mais nenhum avanço.
Quando
recebi a proposta, confesso que me senti tentada a dizer não e
deixar o assunto morrer, isto por tudo o que representava esta
situação, de mudar de Estado, deixar meu ponto de apoio e depois,
caso nada desse certo, não ter para onde voltar. Acontece que tive
duas pessoas que me ajudaram muito, a Michelle, minha amada Mi, e meu
pastor e amigo Sergio. Quando as poucas pessoas que souberam da
oportunidade que eu recebera para vir a Manaus, começaram a dizer
todo tipo de asneira e prevenir-me da burrada que estava preste a
cometer, o pastor conversou comigo, deu-me o apoio necessário e
colocou-se a disposição para o que fosse necessário para que eu
viesse. Ele foi o único que afirmou que eu ia deixar as muletas em
Manaus. Todos, inclusive eu, acreditávamos em uma possível melhora,
mas não na minha cura completa, mas ele dizia o tempo todo que eu ia
deixar de depender das muletas ao vir para cá.
Desembarquei no
Aeroporto Internacional de Manaus — Eduardo Gomes ,
foi em uma cadeira de
rodas, afinal, todos os amigos mais próximos sabiam que eu não
conseguia andar mais que 1 hora sem sentir dores alucinantes, que
chegavam a me entrevar nos dias frios da Capital Paulista. Lembro-me
que a Jane empurrou-me até o estacionamento.
Ainda fui ver a
doutora Leotávia de cadeira de rodas. Assim que me examinou declarou
que as minhas dores “psicológicas” eram em decorrência de uma
inflamação e passou um tratamento com uma quantidade de remédios
horrorosos, mas aos quais me submeti, sob as mãos da Jane.
Quando
fui ao especialista, Dr Julio Ernesto Cuellar Cuadros, na Fundação
Adriano Jorge, já fui um pouco mais segura, a dor já era mais leve
e só voltei a sentir dor quando fui a fisioterapia.
Confesso que
temia desistir. Todos os dias eu ia pensando que ia acontecer algo
que ia me desanimar, mas insisti. Da fisioterapia comum, parti para a
Hidroterapia e, ao lado disto, fui descobrindo outras coisas sobre
minha saúde. Outras conquistas.
Sou grata a Jane, aos
fisioterapeutas, aos médicos, que foram e são excelentes em suas
ações. De fato todos eles tem grande importância neste processo e
sem eles, repito, estaria ainda me arrastando com as muletas.
Ontem
a Jane ficou feliz com meus resultados, ao ler este texto dela chorei
até. Hoje, tive duas grandes experiências. A primeira foi quando a
Fátima, uma outra paciente do Adriano Jorge, foi a piscina e entrou
se arrastando. Lembrei-me que nos primeiros meses de minha
reabilitação esta era a única forma de eu ir ao banho.
Arrastava-me até a cozinha, descia os degraus dela, e tomava banho,
no chão, de canequinha. Era difícil pois o braço esquerdo ainda
não subia direito. Confesso que abaixei a cabeça, parei meu
exercício e agradeci a Deus.
O
segundo foi quando a médica pediu que eu andasse para ela.
Quando, na Hidroterapia, hoje, pela primeira vez desci o pé ao chão, ainda com um pouco de desconforto, mas durante o tempo do teste, estive com toda a face do pé no chão, me senti vitoriosa. A Doutora disse-me com um misto de carinho e saudade, “Nossa menina está voltando para São Paulo”. Foi algo estranho notar que posso fazer isto. Ma vou fazer, pois andar é hoje meu principal objetivo.
Quando, na Hidroterapia, hoje, pela primeira vez desci o pé ao chão, ainda com um pouco de desconforto, mas durante o tempo do teste, estive com toda a face do pé no chão, me senti vitoriosa. A Doutora disse-me com um misto de carinho e saudade, “Nossa menina está voltando para São Paulo”. Foi algo estranho notar que posso fazer isto. Ma vou fazer, pois andar é hoje meu principal objetivo.
Talvez
estas não sejam as palavras certas para comentar o que a Jane
escreveu, mas é tudo o que sinto.
Obrigada a todos que fazem parte deste Processo. Todos os que acreditam e torcem por mim. Te agradeço de coração Jane por ter aberto mão de muito de sua vida para ser meu anjo.
Por permitir que Deus agisse através de sua vida, do amor que você tem pelo ser humano. O mundo precisa de muito mais pessoas como você.
Obrigada a todos que fazem parte deste Processo. Todos os que acreditam e torcem por mim. Te agradeço de coração Jane por ter aberto mão de muito de sua vida para ser meu anjo.
Por permitir que Deus agisse através de sua vida, do amor que você tem pelo ser humano. O mundo precisa de muito mais pessoas como você.
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