terça-feira, setembro 30, 2008

Pessoas, sempre especiais e sempre pessoas...

O que mais me emociona são pessoas.

Deve ser por isto que escolhi trabalhar no Terceiro Setor e me aplicar no atendimento em Entidades Filantrópicas desde a infância. Por muito tempo atendi pessoas portadoras de necessidades especiais e com isto adquiri conhecimento, embora superficial da causa.Aprendi que na vida tudo é transitório. Sim.
Tudo na vida passa. Só as grandes iniciativas persistem. Esquecemos com facilidade as lutas de alguns heróis e assim, passam pela vida despercebidos das grandes conquistas. Pensando nisto, hoje, enquanto caem as Bolsa de Valores no mundo por causa do Super "Star" Bush e de suas malditas crenças, parei para pensar nesta canção que gosto muito e que me faz lembrar de apostas dignas, como a Para Olimpíadas,Entidades Filantrópicas.Pessoas comuns, com problemas comuns não podem saber o que é ser especial, portador de deficiência e outras dificuldades que só quem passa por isso sabe o que é.
Na verdade, eu também passei despercebida por estes problemas durante 36 anos. Ontem, dia 29 de Setembro de 2008, completou - se o ciclo de 1 ano de deficiência parcial, que me pôs dependente de um par de muletas. Não sei quanto tempo isto vai durar. Particularmente acredito que será para toda a vida. Embora os médicos finjam não ver que estou com problemas para flexionar o joelho esquerdo e a dificuldade de locomoção que me impede quase todas as atividades anteriores.
Foram longos anos sem perceber de fato que algumas pessoas eram portadoras de dificuldades especiais.Quem me conhece sabe que mesmo assim, sempre que em frente ao problema, resolvi situações complexas, atendendo as dificuldades que se apresentaram de forma clara e objetivando mais a cidadania que o assistencialismo indigno e ineficaz.
Sendo assim, hoje, neste dia especial para mim, quando conscientizo – me de minha própria deficiência, uso este espaço para deixar claro a todos que sou outra pessoa e que pretendo lutar pelos direitos destes que são meus companheiros e que em muitas das vezes, tem necessidades superiores às minhas.



Leia e cante junto

Enquanto houver sol
Sergio Britto
Quando não houver saída

Quando não houver mais solução

Ainda há de haver saída

Nenhuma idéia vale uma vida (*)

Quando não houver esperança

Quando não restar nem ilusão

Ainda há de haver esperança

Em cada um de nós, algo de uma criança



Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Quando não houver caminho

Mesmo sem amor, sem direção

A sós ninguém está sozinh

oÉ caminhando que se faz o caminho

Quando não houver desejo

Quando não restar nem mesmo dor

Ainda há de haver desejo

Em cada um de nós, aonde Deus colocou



Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Elisabeth Lorena Alves

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