E hoje vamos de novo com Poesia?
Que tal uma infanto-juvenil de nosso Manuel Bandeira?
Gosto desta poética mais dócil, com olhar mnemônica, voltado para nossas memórias mistas que o eu-lírico reescreve um fato com outros olhos.
O porquinho da Índia da infância, independente e voluntarioso dos brinquedos infantis é res significado com uma imagem da mulher adulta e chega até o leitor com esse misto de ternura e rebeldia tão característico de um grande poeta.
Curte aí que eu curto daqui e seguimos juntos, porém distantes, nossa Quarentena.
Porquinho da Índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
Folhei-me, olhe-me com carinho, ou como o desejo te permitir. Sou teu livro, abra-me com cuidado, para que eu possa durar sempre mais. Este não é um blog qualquer, são as páginas de minha vida. Descubra-me aos poucos... Leia-me!
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