Como diria o jornalista Carlos Nascimento, já fomos mais inteligente.
Esta é uma constatação difícil – se não impossível – de refutar.
Os brasileiros aceitaram todo o tipo de absurdo em nome da arte e da bendita ou maldita – depende de que lado você está – liberdade de expressão. Em nome da liberdade de expressão vemos artistas terem suas vidas expostas como roupa em vitrine. A diferença é que as roupas não tem sentimentos. Os artista sim. Alguns aproveitam-se desta exposição, eu sei e até gostam, mas a maioria não esta satisfeita com isto, embora alguns sejam educados.
Nem me venham dizer que todo brasileiro gosta de fofoca e quer saber sobre a vida de seu artista preferido. Uma grande parte da população esta preocupada em viver sua própria vida, o que em si já é difícil.
Não me iludo, sei que muitos brasileiros amam sim o futrico e gosta de saber sobre a vida deste ou aquele artista – quando não é de todos – a curiosidade sempre é instigada quando vemos multidão, mas não é todo mundo que para, por exemplo, quando percebe um tiroteio ou vê um acidente de trânsito. O trânsito para por causa dos que se interessam, quem não é urubu, se quer olha para o lado.
Antes, nós brasileiros comuns, não sabíamos o que acontecia em Brasília, hoje a Imprensa nos conta – o que há de pior, é claro! Antes não sabíamos o que acontecia nos Estados Unidos, hoje a Imprensa nos conta – a melhor parte, é claro. Antes se quer sabíamos aonde ficava o Oriente Médio, hoje sabemos e comungamos com a xenofobia americana e cremos que ali estão os homens malignos.
Estamos adorando os santos dos outros e apoiando a inimizade de outros, sem notar que nosso país esta cada dia mais andando para o emburrecimento. As músicas que são enviadas para fora mostra o tamanho da atrofia cerebral que nos atingiu. Mas nós não nos importamos mais, estamos acreditando que isto nos globaliza. Isto nos transforma em seres cômicos apenas, seres sem noção de dignidade, de padrões morais, de educação e de cultura.
Estamos nos nivelando por baixo e estamos amando isto.
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para dizer isto, dado a minha pouca Educação, meu pouco conhecimento e minha inépcia, mas se até eu, uma brasileira comum estou sofrendo com esta imbecilização, imagine aqueles que pensam ou que um dia despertarão desta desonrosa barbárie descerebrizante e se perguntarão como foi que chegamos a isto, e pior, quem mesmo permitiu isto.
Não sei se me fiz entender, porém tornei público o meu desespero.
E pensar que não é só isto que me transtorna...
Folhei-me, olhe-me com carinho, ou como o desejo te permitir. Sou teu livro, abra-me com cuidado, para que eu possa durar sempre mais. Este não é um blog qualquer, são as páginas de minha vida. Descubra-me aos poucos... Leia-me!
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