quarta-feira, maio 13, 2009

Falando sério...Analfabetismo no Brasil

Acho que quem realmente acompanha meu blog, está ficando careca de saber que eu participo de diversas Entidades Sociais. Seja como colaboradora, diretora ou voluntária. Como sabe também que se isto é juizo falto, o perdi aos 14 anos, quando me embrenhei neste setor tão carente de verdade e trabalhos sérios.
A primeira atividade que desenvolvi numa ONG foi a Alfabetização de Adultos.Lembro - me com carinho do senhor Melo, um de meus primeiros alunos a enfrenatar a Universidade - ele terminou Direito no ano em que terminei o Ensino Médio. Foi muito maravilhoso nosso reencontro. Uma satisfação que não consigo comparar a nada.

No entanto, hoje, ao abrir meu e-mail, dou de cara com a seguinte reportagem:

No ritmo atual, levará décadas para ser erradicado

Analfabetismo no Brasil


BRASÍLIA - Se o ritmo de redução da população analfabeta permanecer o mesmo
dos últimos anos, o Brasil ainda levará algumas décadas para se livrar de um
problema que hoje atinge um em cada dez brasileiros: o analfabetismo. Em
2000, na Conferência Mundial de Educação, em Dacar (Senegal), o Brasil
assinou junto com 128 países um pacto para melhorar a qualidade do ensino.
Entre as metas estabelecidas, está reduzir pela metade a taxa de
analfabetismo no país até 2015, chegando ao percentual de 6,7%.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 14 milhões de
analfabetos vivem hoje no país. O contingente representa 10% da população
com mais de 15 anos. Se em 15 anos o percentual de pessoas que não sabem ler
e escrever caiu de 32%, em 1992, para 10%, em 2007, nos últimos anos o ritmo
de queda está praticamente estagnado. De 2005 para 2006, a redução foi de
0,7% e de 2006 para 2007, de 0,4%.

Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), responsável por monitorar o compromisso Educação para Todos,
firmado durante a Conferência Mundial de Educação, vai ser muito difícil o
Brasil atingir a meta esperada para 2015. - Isso exigiria um esforço muito
maior do que o que está sendo feito. A gente espera que o Brasil consiga
atingir a meta, mas acho que isso ainda vai permanecer no reino dos desafios
- diz o especialista em educação de jovens e adultos da Unesco, Timothy
Ireland.

A principal estratégia do Ministério da Educação (MEC) para reduzir o
problema é o programa Brasil Alfabetizado, que dá apoio técnico e financeiro
para que municípios e estados criem turmas de jovens e adultos. A meta é
atender 2,2 milhões de pessoas em 2009.

- O programa é muito complexo de implementar, não é simples. Isso porque
você precisa mobilizar o analfabeto, criar condições de formar o
alfabetizador. É um público difícil e as razões para isso estão na história
que ele traz. Em geral, o analfabeto tem muito pouca confiança na sua
capacidade de aprender - afirma o secretário de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro.

Na opinião de especialistas, o analfabetismo também potencializa e
multiplica situações de exclusão, além de submeter as pessoas a
constrangimentos e a situações de preconceito.
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