Desafio Entrecontos - A Passagem Secreta não ganhou

Olá!

Foto meramente ilustrativa
de minha decepção
Hehehe

Vamos falar do Desafio de Contos do Entrecontos? Vocês lembram que eu disse aqui que estava participando com um conto, mas, que não podia dizer qual por causa do anonimato, que era uma das regras para os participantes. Lembram?
Bem, hoje vim dizer qual é o meu texto: A Passagem Secreta.
E, dar-lhes uma noticia nada agradável: Não fui classificada para a primeira fase. Continuo na série C para participar de outro tema, porém,  A Passagem Secreta não foi bem recebido pela crítica do site. Teve contista que não entendeu a alusão ao Espelho e menos ainda a referência direta ao fio da vida na existência do colar em forma de ampulheta da personagem.
Confesso que fiquei com medo exatamente de ter sido óbvia, afinal, em literatura e cinema de fantasia o Espelho é a passagem secreta para o outro lado. Por isso os mortos não refletem imagem, afinal, eles já transpuseram o espelho. Na minha criação, Espelho e o colar com a ampulheta eram sinais que tinha morte no final do conto, era a quebra de espectativa desde o início, já que eu desejava apresentar a escritora como morta, na conclusão do Conto.
Outra coisa, poucos perceberam que o colar era o contador de tempo da personagem e simbolizava parte do dia de sua morte. Se a ampulheta estivesse no espaço e não nela, a intenção de contar um dia apenas não surtiria efeito, eu teria que dizer qual era a equivalência temporal e quem estava com duvida sobre o dia ser repetido, teria certeza e eu perderia o fio conclusivo. Um colar era a solução ideal, o pingente precisa ser pequeno, logo, poderia contar pouco tempo...
Meu receio, como disse acima, era ter minha ideia final detectada imediatamente, pois, devido a diversidade etária dos participantes, correr o risco de terem lido Alice e o Espelho, ou Hyde, "Espelho Meu" - que eu não li. E, o universo Wicca é povoado dessas ideias - ao menos para nós, os leigos no assunto. Acredito que, se muito, meu amigos de Entrecontos conhecem o Espelho de Guimarães Rosa, nem mesmo o de Machado e suas duas almas... Se bem que Guimarães, ou melhor, seu narrador, aponta a duplicidade da alma quando fala do imaginário popular... E ele também nos lembra do destino de Narciso e sua obsessão por espelhos...
Bem, recapitulando - palavra feia - participei da primeira fase do Desafio e perdi.
Beijos e fui.