a Lenda do Sentimentos
Do mesmo autor de Você amava quem eu era
Reza a lenda e vem sendo contada ao longo das eras, que na aurora da humanidade o ser humano não conseguia descrever o mundo a sua volta nem os sentimentos dentro de si.
Havia um rei chamado Angustia que governava um império chamado Sofrimento, este rei inquieto em deixar para gerações futuras um relato de seus tempos com mais sentimentos e não somente relatos históricos, procurou os conselheiros e perguntou se tinha alguém para tal desafio e todos foram unânimes em dizer não, mas que se alguém poderia dar-lhe uma boa resposta seria a velha profetisa do monte da resposta. E para lá foram o rei e sua guarda. Ao chegarem, a profetisa já sabia e disse ao rei:
O que você deseja, necessita de alguém de alma nua, coração limpo e olhos sensíveis, mas o rei perguntou: onde encontro tal pessoal? E ela respondeu: na raça humana ainda não surgiu ser igual, mas que poderia ser transformado, uma pessoa que fosse órfão de pai e mãe e que não tivesse qualquer outro parentesco, e que tivesse olhos e semblantes caídos, ele teria que beber com o cálice da dor as lágrimas de uma jovem virgem e pura de coração com as lágrimas da esperança o ser mais temido dos mares e que ele só chora com a morte de sua companheira que se chama fé e que ela só poderia ser morta com lança feita de ódio e envenenada com a infidelidade, e que as lágrimas da esperança teria que ser colhida pela mesma jovem virgem e pura de coração com o cálice da dor. Saindo dali, o rei mando procurar as pessoa como a profetisa havia dito e encontram em todo o reino, um só rapaz com tais características e somente uma jovem que os conselheiros perceberam que tinha coração puro, ela era uma linda jovem chamada Amor e o rei providenciou tudo. O barco, a lança e tudo que fosse necessário e mandou com eles seus melhores cinco guerreiros, Fiel, Orgulho, Coragem, Desrespeito, Desilusão e o capitão que se chamava Tempo e o barco chamava-se Destino, e o rei prometeu a todos fortuna sem limite e para o jovem rapaz se conseguisse tão proeza assentaria ao seu lado no trono e casaria com sua única filha chamada Solidão. E foram todos para o mar das lembranças tentarem o que nunca alguém se quer tinha tentado em alto mar. O jovem rapaz, calado, vendo o horizonte, foi interrompido pela voz da doce virgem com uma pergunta: por que ele aceitou tal missão? E ele a respondeu que ele não tinha nada a perder, que se quer tinha deixado alguém para traz, e ele lhe fez a mesma pergunta, ela respondeu que seu pai chamado Amizade e sua mãe Paixão, sempre disseram que ela nasceu para algo muito maior que todo o império do mundo e algo me diz que nesta viagem será consumado este meu propósito. E os dois pegavam cada vez mais afinidades ao passar dos dias. Ao chegarem a ilha do Medo, nas águas da Mágoa, eles viram a grande esperança, aquele lindo animal de cor verde acompanhada do animal chamado Fé que não era tão grande, mas igualmente belo, eles estavam a namorarem sob a lua cheia, ao mesmo tempo que aquilo tudo lhes assustavam, também lhes davam pena de matarem e separarem tão bela união, mas nisto, Orgulho fez o plano que era encurralar Esperança entre as pedras da incredulidade e acorrentado com as correntes da Traição, e quando a Fé chegar próximo ao Desrespeito lançaria a lança do Ódio com o veneno da Infidelidade, matando assim a Fé, fazendo chorar a Esperança. A Desilusão falou que era muito bom para lançar as correntes e Corajoso disse que iria com o Amor para ajudá-la a achegar-se perto da esperança, para ela colher as lágrimas e o rapaz ficou com Fiel no barco a espera do Amor com as lágrimas, todo o plano saiu como previsto, o Desrespeito lançou a lança matando assim a Fé, e Esperança acorrentado com as correntes da Traição deu um urro que mais parecia um trovão, derramou as lágrimas na taça da Dor, que estava sobre o Mar do Amor, mas eis que Coragem não percebeu que Esperança com uma das sua barbatanas chamada Sacrifico incondicional feriu o Amor, que as presas foi levado ao barco e o rapaz correu a abraçou e disse não morra e ela olhando para ele disse este é o meu propósito, dá a você o motivo para descrever os sentimentos ao mundo, e chorando derramou suas lágrimas sobre o cálice e o deu para beber, quando ele bebeu uma explosão de sentimentos e sentidos lhe aguçaram, Amor se desfez como um brilho e subiu até a lua e a voz do Amor falou: quanto senti minha e só olhar para lua e eu estarei lá., Nisto Fiel abraçou o rapaz fortemente, Esperança foi solta e navegou sobre o mar das Lembranças. Na volta, eles chegaram como heróis e como a profetisa havia dito, ele conseguiu descrever coisas até então indizível, e ele se casou com a Solidão filha do rei, assentou ao seu lado no trono, de todos os guerreiros que foram com o que sempre permanecia ao seu lado era Fiel, e agora que o jovem sabia descrever os sentimentos, ele pensou em dá nome a eles de acordo com os nomes da sua aventura e o primeiro que ele deu o nome foi a Sensação de vazio que ele sentia e como isto estava presente em todo lugar que ele ia e mesmo tendo sua esposa sempre por perto, ele tinha a sensação de nunca estar acompanhado, a este sentimento ele deu o nome de Solidão, assim ele foi colocando nomes nos sentimento, até que ele chegou em um sentimento maior que todos, um sentimento que o sufocava e que ele não conseguia expressar nem em mil palavras, nisto ele foi a sacada do palácio e viu a lua cheia, voltando para seus manuscritos, deu ao nome deste sentimento de Amor e durante toda sua vida ele ficou a admirar a lua e a descrevê-la, seus dons passaram para seus descendentes e o nome deste jovem rapaz era poeta.
Ricardo de Souza Angelo obra registrada na BN
http://www.poetasmortos.com.br/index.asp?op1=2&op2=0&idTexto=9484&comentar=2
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