sexta-feira, outubro 31, 2008

A morte ...O Mar ( Fernando Pessoa )

Por muito tempo visitei o blog http://www.agrestino.blogger.com.br/, era uma alegria só.
Vivia alegre com as brincadeiras e as fotos que via por lá.
Isto por muito tempo.
Em 2006, minha irmã Creuza, foi diagnosticada pela medicina" Cancer".
Meu mundo caiu.
Não somos irmãs de fato.
Quase todos sabem que sou uma espácie não rara de pessoa: Sem família. A Creuza e sua irmãs ( Ivette e Nilzete ), entraram em minha vida no fim de minha adolescência e fizeram de minha vida um carrocel de emoções.
Diferente de mim, Creuza amava Axe, e todos estes gêneros que para mim são pocotizantes e ela sempre soube disto. Mas era uma pessoa inteligente, cheia de vida e nos fazia ser feliz.
Amava churrasco e vinho e, até o último minuto Coca Cola foi sua bebida predileta. Os médicos proibiram que chegasse perto se quer, mas isto não era nada para ela. Conseguia convencer a todos que isto lhe fazia bem.
Por causa das Quimioterapia acabou perdendo todos os seus fios de cabelos, que eram tão pretos... Não perdia, assim mesmo, a vaidade, passava horas imaginando um modo de se por bonita.
Sofreu demais e nós també.
E todo este sofrimento coincidiu com o acidente que acabou por me deixar deficiente. E agora sei que é definitivo. como a amioria sabe, apssei quase dois anos em cima da cama e as muletas foram minha única salvação.
Não estava com a Creuza nop final.Não andava ainda. Ela partiu dia 15 de julho agora.Ainda sinto muito sua falta e não consigo esquece-la.
E hoje, triste que estou, dei uma passadinha lá no blog do Manoel http://www.agrestino.blogger.com.br/ e infelismente fiquei sabendo que a Silvia também partiu.
Estou sem palavras e triste também. A morte,inexorável, atravessa todos os caminhos.
Assim, para poder esquecer tudo isto, se é que dá, pensei em alguém que tanto Manoe quanto eu gostamos: Fernando Pessoa.
Assim, publico aqui:

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Sem mais palavras...
Elisabeth

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